terça-feira, 13 de março de 2007

De volta a Belo Horizonte


Conclusão da viagem BH / Uruguai

Se você é do tipo que ao pedir uma cerveja no boteco gosta de ser enfático em relação a temperatura da cerveja (exemplo: "Uma cerveja bem gelada, por favor!") algumas considerações para pedir uma cerveja no Uruguai são necessárias.

Aparentemente a palavra gelada não existe em Espanhol (não tem no meu dicionário). Porém existe a palavra helado, que significa sorvete, e a sorveteria se chama heladería. Ou seja, ao dizer que quer uma cerveja gelada ao garçom uruguaio ele pode entender algo como "um sorvete de cerveja" ou "uma cerveja e um sorvete". Para ser enfático, use algo como "una cerveza bien fria, por favor!", e será mais bem compreendido. Só não sei se vai adiantar, já que o único lugar em todo o Uruguai que a cerveja veio realmente gelada, do jeito que a gente gosta, foi no restaurante Miravos, no Chuy uruguaio, possivelmente devido a proximidade do Brasil (uns 20 metros, é só atravessar a rua).

Décimo quinto a Décimo sétimo dia da viagem BH / Uruguai

Saí de Canela depois do café com muita disposição. Estava querendo reduzir bastante a quilometragem restante. Saí passando por Gramado e segui no sentido Nova Petrópolis / Caxias, já que ia voltar por um trecho diferente até Curitiba, via BR-116. Não sabia até onde ia viajar.

Segui até Lages. Como ainda estava cedo, resolvi tentar chegar até Curitiba. Um pouco mais a frente liguei para o amigo Bandeira que mora em Pinhais na região metropolitana e combinamos de nos encontrar. Continuei andando bem e terminei o dia com o recorde de quilometros percorridos em um dia de viagem: 670km.

Nos encontramos, mostrei a eles as fotos de todo o percurso e relembrei como a viagem foi doida. Ele e seus pais são motociclistas, falamos sobre turismo e motos, e só!

Dormi possivelmente a melhor noite da viagem, estar entre conhecidos é muito melhor que qualquer quarto de hotel. Detalhe: Tinha ultrapassado os cinco mil quilômetros de viagem neste dia.

Parti no outro dia cedo (quinta-feira) com a intenção de cortar São Paulo e chegar a Minas Gerais. Após cerca de 200km parei em Registro para trocar o óleo. O mecânico me perguntou como foi a viagem, lembrava de mim na ida, quando também passei por ali. Batemos um papo enquanto ele fazia o serviço e segui viagem. Atravessar São Paulo me deixou tenso outra vez mas deu tudo certo e novamente não errei o caminho. Um caminhão me deu um susto, veio embalado com cara que ia passar por cima de mim, fiquei puto porque ele estava andando na minha cola, deixei o cara passar e vi que era de Betim, na região metropolitana de BH.
Continuei viagem. Logo após São Paulo começou uma chuva forte. Parei embaixo de um viaduto para vestir as roupas de chuva. Enquanto vestia chegou um outro motociclista encharcado. Continuei e a chuva parou depois de uns 10 quilômetros. Ainda tinha bastante combustível e não parei para tirar as roupas de chuva, ficar colocando e tirando essas roupas é um negócio meio chato. Segui mais uns 50km e entrou um cisco que detonou o meu olho, que lacrimejou muito. Fui freando e vendo com um olho só até encostar em um posto que estava a uns quinhentos metros a frente. Aproveitei e tirei as roupas de chuva. Lavei o rosto e segui até Pouso Alegre. Fiquei em um hotel com ótimo custo benefício a beira da estrada.

Estava agora a apenas trezentos e setenta quilômetros de casa e tinha batido novo recorde de distância percorrida em um único dia: 690km.

Pulei cedo da cama na sexta (09/03) para pegar o almoço já em casa. Toquei sem surpresas até o fim. Desta vez não teve chuva, o dia foi perfeito e cheguei em casa as 13:15, realizado depois desta aventura concluída, um sonho de cerca de dois anos de planejamento, preparação, pesquisa e muito entusiasmo.

Distância total percorrida: 6.085 km

A escolha da TDM 225 como moto para esta viagem foi muito feliz. Saí desconfiado e cheguei com a certeza que esta moto, se estiver em bom estado é muito boa, muito guerreira mesmo. Não tem velocidade final alta, mas é muito boa de torque e tem um custo de aquisição muito baixo, bom para quem está com a grana curta e ainda precisa investir em equipamentos e levar uma reserva para a viagem. Seus pneus mistos vão em qualquer terreno e a suspensão não dá aquelas pancadas na coluna que acabam com o cara. O único senão é o banco que é muito duro, deixa o cara bem estragado. Vai ser muito triste quando vendê-la, me apeguei muito a essa moto, parceira de todos os momentos.

Agradeço novamente a todos que acompanharam esta viagem pelo interesse e apoio, foram muito importantes, principalmente por ter ido sozinho.Algumas informações importantes.

- De acordo com os mecânicos uruguaios que conheci no Chuí, nós devemos usar sempre a gasolina comum no Uruguai (que também é a mais barata). Porém, não confie no consumo que a moto fazia antes. A minha moto piorou muito no Uruguai, seu consumo foi de 28 para cerca de 20km/l. Não sei se essa regra vale para as motos com injeção eletrônica.

- Existe um telefone em placas na beira das rutas (estradas) uruguaias com um número para auxílio mecânico gratuito. O número é (02)622-3000. Não sei como é pois não precisei, mas acho que vale a pena levar anotado em um papel.

- Perfumes e óculos escuros estavam custando cerca de 1/3 do preço de Belo Horizonte nos free-shops uruguaios do Chuy. Os eletrônicos estão mais ou menos no mesmo preço.

- Para ligar para o Brasil de lá, procure os postos da Antel, lá existem cabines que vc liga e paga o valor quando termina, mas o preço vai sendo atualizado de dentro da cabine. Para ligar para o Brasil disque 0055+codigo de area+numero de telefone. Para ligar daqui para o Uruguai basta trocar o 55 (código do Brasil) por 598 (código do Uruguai). Eu usei os postos da Antel em Punta del Diablo, Valizas, Montevideo e Colônia.

- Os celulares da TIM dão sinal até uns 30km para dentro do Uruguai, eu consegui usar o meu no Forte San Miguel, Santa Teresa e La Coronilla.

Beijos e Abraços
Thiago (rulius)

terça-feira, 6 de março de 2007

Canela

Décimo quinto dia da viagem BH / Uruguai

Apesar de ter rodado ontem a maior quilômetragem em um dia nesta viagem (670 km), acordei bem aqui em Canela.

O dia ainda não acabou, vou dar uma volta pela cidade, mas vejam as fotos.

O que posso dizer é que a hora que vi a cascata do caracol, com seus mais de 130 metros, foi de arrepiar. É bonito demais! Essa região aqui realmente é maravilhosa.

Ainda visitei o parque da Ferradura, com um canion de mais de 400 metros de profundidade, muito show, mas as fotos dele não estão muito legais, ele simplesmente não cabe na foto!




De volta ao Brasil

Décimo terceiro dia da viagem BH / Uruguai

Dois dias de ralação. O dia da saída de Montevideo foi meio triste, deixei algumas coisas sem conhecer para trás, mas não podia mais ficar ou não teria tempo de conhecer mais nada. O que mais queria ver era a feira de Tristan Narvaja, que já não ia rolar mesmo, porque estava chovendo.

Me encapuzei e saí pela cidade. Não vesti as polainas, que protegem a bota da chuva, porque são meio incômodas e não dão a mesma aderência quando você precisa colocar o pé no chão. Achei que a chuva não era forte o suficiente para atravessar a bota, mas era óbvio que era, afinal eu ia rodar mais de 300km. Arrependi rapidão, já tava com o pé molhado ainda em Montevideo.

A viagem nesse dia foi muito cansativa. Além da chuva o vento estava forte demais e me cansou pra caramba. Quando parei em Rocha para almoço estava exausto, mas rodei os cerca de 80km que faltavam até o Chuí. Desisti de Punta Del Diablo, eu ia pegar praia lá como despedida do Uruguai, mas com a chuva que estava rolando eu chutei o balde.

Registrei a saída na aduana uruguaia rapidinho. Consegui um hotel já no lado brasileiro, melhor que o que fiquei na vinda do lado uruguaio. Estava de volta a pátria!

Ainda retornei ao Uruguai, no agradável restaurante Miravos na Av. Brasil. Comi uma Pizza de R$5 sabor coração de galinha e tomei a última Patrícia, de despedida deste país tão bacana que é o Uruguai.


Décimo quarto dia da viagem BH / Uruguai

Outro dia de ralação na estrada. Saí sem café do hotel (não estava incluso e o comércio todo fechado). Peguei a reta de mais de 200 km do Chuí a Rio Grande. No meio abasteci e fiz um lanche mais ou menos.

Continuei e entrei em Pelotas para trocar o óleo da moto e a Yamaha de lá estava fechada as 11:45 da manhã, é muita cara de pau! Perdi uns 30 minutos com essa brincadeira...

Segui e entrei em Camaquã. Troquei o óleo e me deram um atendimento dez, com limpeza de viseira e regulagem de suspensão traseira de brinde. Pessoal muito atencioso e gente boa.

O tempo que até aqui estava de médio para bom, apesar da previsão do tempo de tempestade, piorou. Começou a chuva, que me acompanhou até Canela, onde estou agora.

O albergue daqui até que é bom, e o quarto só tem 3 camas e ainda tem tv, coisa que na costuma rolar nesses quartos coletivos.


Beijos e Abraços
Thiago (rulius)

Colonia do Sacramento

Décimo segundo dia da viagem BH / Uruguai (03/03/2007)

Para Colônia do Sacramento deixei pela primeira vez a moto na garagem e fui de ônibus. Queria economizar no desgaste físico para suportar melhor a volta, que começa amanhã. Fui até aquela rodoviária no shopping três cruces, que comentei outro dia, a pé outra vez. No caminho um “yogurte frutado”, que é como eles chamam o iogurte com pedaços da fruta por aqui. O buzú saiu as 9:30 e cerca de 12:00 eu já tava lá. Passei no posto de gasolina da ANCAP e consegui um mapa muito útil e grátis. Andei uns seis quarteirões até a parte histórica e comecei a vasculhar o lugar. Muito conservado, com lojas de artesanato, restaurantes com aquelas mesinhas na calçada que me agradam demais e praças muito conservadas. Como sempre cheguei antes da maioria e peguei o lugar bem vazio.



Vi o terceiro farol da viagem e subi também, você vê toda a parte histórica e o rio da prata, gigante. As portas deste farol são minúsculas, acho que os portugueses que trabalharam na construção eram anões ou de pouca inteligência. Falando em portugueses, aqui no Uruguai as piadas são com os espanhóis. Ou seja, se algum dia você contar piadas por aqui, substitua o portuga pelo espanhol e eles vão entender.


Voltando a Colônia, apesar de ter o mesmo tipo de comércio de Tirandentes por exemplo, eu gostei mais daqui, porque não está tão saturado. Acho que em Tiradentes eles exageraram nos comércios e você não tem aquele clima para realmente dar “aquela viajada”. Fora o rio da prata contornando a cidade, coisa espetacular.

Tentei visitar um aquário com os peixes encontrados no rio da prata, mas o lugar estava fechado. Tomei aquele cafezinho que estou viciado enquanto atualizava meu diário e nisso chegam dois brasileiros do Rio de Janeiro, um em uma shadow 600 e o outro em uma Drag Star. Estavam indo para o Chile e iam atravessar para Buenos Aires no buquebus mas a fila era de dois dias e eles estavam meio sem saber o que fazer. Me perguntaram quantos quilômetros eu vinha fazendo e quando falei entre 450 e 600 eles disseram não estar conseguindo fazer mais que isso também. Sinal que estou andando até bem, já que a TDM é bem mais fraca e desconfortável que as motos deles. Desejei boa viagem, pareceram muito gente boa.

Voltei para Montevideo muito tranqüilo, foi um dia que valeu muito a pena.

Beijos e Abraços
Thiago (rulius)

domingo, 4 de março de 2007

Montevideo (Parte 2)

Décimo primeiro dia da viagem BH / Uruguai.

Olá!
Primeiro de tudo (e importante), esqueci de comentar que no décimo dia consegui um documento no consulado brasileiro autorizando a minha volta ao país, mesmo sem a identidade.


Hoje era o dia dos museus. Saí da pousada cedo para conhecer o museu do futebol, que funciona no estádio centenário aqui de Montevideo, onde aconteceu a primeira copa do mundo em 1930, que o próprio uruguai ganhou. Tive de andar uns 3 km só de ida, nao é perto, mas queria ir a pé para ver a parte nao turística da cidade.

Cheguei lá, paguei 50 pesos uruguaios (R$5, mais ou menos) e fui ver o campo. Pena que tinha um palco montado lá dentro, mas tudo bem. Tirei umas fotos boas. A área de arquibancada é uma só, nao tem geral, e a impressao é que cabe muito menos gente que o mineirao, por exemplo, mas o fato é que na final da copa de 30 colocaram noventa mil pessoas neste estádio. Devia estar cheio demais.


Depois disso uma volta pelo museu, onde a parte mais legal sao as fotos das selecoes de vários países e de várias épocas diferentes e a sala dos troféus. Tem uma chuteira antiga lá também muito engracada, parece uma botina sete léguas. o final ainda rolou uma película (filme) muito interessante sobre a conquista de 1930 com a imagem restaurada.

Voltando ao centro fui a um shopping que estava no meu caminho de volta procurar a blusa da selecao do Uruguai. Nao achei, mas descobri que a rodoviária da cidade funciona no subsolo dele, até que é bom isso, melhor que ficar esperando lá.

Saí do Shopping e almocei em um quarteirao fechado muito agradável ainda por ali. Isso foi uma das coisas que mais gostei em Montevideo, praticamente todos os estabelecimentos tem umas mesinhas na rua, com aqueles guarda sol de pano abertos, fica um ambiente muito bom, vendo o movimento passar. Experimentei a lasanha uruguaia e gostei muito, eles exageram demais no molho branco, e achei excelente. custou R$9.


Aproveitei que estava no caminho e conheci o museu do automóvel, bem legal também. Sabia que teria muitos carros velhos, já que o Uruguai é o país do carro velho. É normal vc ver vários carros de 40 ou 50 anos atrás várias vezes por dia por aqui.

Nem me surpreendi muito com a idade dos carros do museu. Os mais legais foram um carro a carvao, que usaram por aqui quando faltou petróleo durante a segunda guerra, e uma ferrari 1981 maravilhosa, que mesmo hoje ainda botaria muita moral.

Voltei a tentar os museus históricos uruguaios "legítimos", casa de Rivera e Lavalleja, mas os dois estavam fechados outra vez.
Experimentei mais uma comida tìpica, a empanada, um tipo de salgado, e estava muito bom. Parece um pastel assado, mas a "casca" é muito fina e crocante, e o recheio abundante e bem temperado. Pena nao ter a chance de provar outras.


Encerrei o dia tomando um cafézinho no bar "café brasilero", que nao tinha nada de brasileiro, e lendo o clarín, jornal argentino que comprei achando que era uruguaio. OBS: Quando vc pede o café vem junto um biscoitinho (jm só) e um copinho tipo esses de pinga com água mineiral com gás! Nao sei se eu é que sou peao demais, mas nunca vi isso no Brasil.

Comprei mais um livro também aqui na feirinha da rua Sarandí, um relato de guerra de um dos sobreviventes de paysandu, quando o Brasil interferiu na politica do Uruguai e ajudou o partido colorado a tomar o poder. Esse ato foi o primeiro passo para a guerra da trìplice alianca, já que o Paraguai tinha um pacto de ajuda com o Uruguai. Parece fantástico esse livro!

Beijos e Abracos
Thiago (rulius)

sexta-feira, 2 de março de 2007

Montevideo

Décimo dia da viagem BH / Uruguai

Hoje era dia de bater perna mesmo. Consegui um mapa na pousada com todas as atracoes turisticas de Montevideo. visitei umas 5 plazas, gostei mais da matriz, que é pequena mas tem um aspecto que imagino seja o tipo europeu, apesar de nunca ter tirado o pé da américa.

O tempo estava horrível e nao bati muitas fotos. Visitei um museu muito bom, "Arte Precolombino y Colonial". Foi muito bom mesmo, estou doido para ver os outros. Tentei o museu do Automóvel mas estava fechado.

Comprei umas "artesanías" e almocei em outro porto, mais afastado e fora do roteiro turístico, um lugar comum, que os uruguaios comuns frequentam. Foi bom e barato, e o mercado tem um estilo parecido com o do porto.


Voltei ao porto para ver a âncora e telêmetro do Navio alemao Admiral Graf Spee, que foi cercado pelos navios ingleses no porto de Montevideo. Foi a primeira vitória naval dos aliados na segunda guerra.

Depois nao deu para fazer mais nada. Caiu uma tempestade aqui que nunca vi coisa igual. Algumas motos na rua cairam no chao e quase que uma "véia" saiu voando na minha frente, loucura total!


A noite a fome apertou e fui comer algo num tal "Don Peperone", barzinho tipo Stadt Jever aí de BH, meio PUB, bem legal. Comi uma Pizza e fui embora. Perfeito, com excecao de um cover em espanhol de "vou de taxi" da Angelica que rolou e foi sinistro!

Até mais. Ainda nao vou postar as "novas experiências" de hoje (02/03) pois nao tenho como descarregar a máquina no momento.

Gracias! (beijos e abracos)
Thiago (rulius)

Punta del Este

Nono dia da viagem BH / Uruguai

Olá pessoal!
Desculpem o desaparecimento, mas a internet do albergue nao tem entrada USB, entao nao conseguia incluir fotos nos posts.

Neste dia fui cedo para conhecer Punta del Este, nem esperei o desayuno (café da manha). Rodei os 10 km que separam Punta de Manantiales, onde estava, e dei de cara com a tradicional mao da praia (nao sei o nome), monumento que fica na praia. Passei reto e procurei lugar para parar, rolou uns 2 quarteiroes para frente.


Resolvi dar uma volta a pé antes de voltar a praia para bater fotos. Andei pelas ruas mais requintadas de Punta del Este, que sao bem cuidadas e até que valem um passeio. Parei num posto de gasolina da ANCAP, o mais comum por aqui e tomei meu café. Dessa vez o iogurte de Frutilla (morango) nao veio com pedacos da fruta, muita falta de graca.

Passei na frente de uma imobiliária e resolvi conferir o preco dos imóveis por lá. Tinha vários na faixa de 100.000 dólares, pensei que era bem mais caro.

Fui até a marina, vi os barcos por lá, tirei umas fotos. Mais um farol muito legal, este eu nao subi, mas achei bacana, ao lado de uma praca.

Agora, o fato é que Punta del Este tem um miolo mais arrumado, mas o resto é muito comum, nao tem nada de mais, ou entao me falta a sofisticacao necessária para ver todas as belezas que dizem. Varios predios comuns de 3 andares, nao tive muita surpresa neste lugar.


Na hora de voltar tentei pegar os tiquets de gasolina gratis (promocao uruguaia para incentivar os brasileiros a aparecer por aqui). Nao consegui, tinha esquecido os documentos da moto. Estou esquecendo de tudo ultimamente.

Voltei para o albergue (alias o albergue 1949, que nao fiquei e nao sei como é por dentro é muito bem localizado, sem duvida é melhor para quem nao está de carro). Eram 11:15. Juntei as coisas e parti para Montevideo. No caminho passei por um "pueblo" chamado Bello Horizonte, quem dera se fosse tao perto!

Cheguei em Montevideo e perdi a entrada para a Rambla, que é como chamam as avenidas a beira mar por aqui. Segui entao para o centro pela avenida Itália. Passei ao lado do lendário estádio centenário, sede da primeira copa do mundo, em 1930 e que o Uruguai venceu. Peguei a avenida 18 de julho, a principal do centro e fui até o fim. Terminei na plaza independencia, de frente para o monumento de artigas, o maior herói uruguaio e com o palácio salvo, prédio magnífico, ao lado.

Peguei meu mapa e fui encontrar o albergue, estava a uns cinco quarteiroes dali. Existe outro na propria plaza Independência, mas é mais caro.


Corri para o mercado do porto e almocei uma carne preparada na parrilla, que é a comida tradicional uruguaia. Me cobraram até o uso do talher neste restaurante, fiquei indignado!

Independente disso, o porto é muito legal. Pequeno, mas com muito estilo. Um detalhes diferente aqui é que os mercados em geral tem o centro aberto, cheio de mesas, acaba que é uma espécie de praca de alimentacao, ou como dizem aqui, plaza de comidas.

Depois de tudo isso saí andando sem rumo, passei em uma feirinha na rua Sarandi, que tem um lingo trecho de quarteiroes fechados atravessando a cidade velha, que é onde todas estas atracoes que disse estao (com excecao do estadio centenario).

Acabei parando em um sebo, e depois de muito papo contei ao cara que perdi minha carteira de identidade e que teria problemas para deixar o Uruguai. Ele foi muito gente boa e me levou a delegacia para fazer ocorrência. Disse que se passar antes das 10:00 no sebo vai comigo ao consulado acabar de resolver, fica a 1 quarteirao do sebo, mas nao sei onde é.

Curiosidade do dia: Aqui o sanduiche de frango se chama McPollo. Pollo é frango em espanhol. Como no Brasil o nome é em inglês pensei que fosse assim no mundo todo.

Esqueci de contar no último post: Conheci um Hippie brazuca em Cabo Polônio que me disse que "Vou a la mierda" significa "Vou para casa!". Eu ri demais, o cara tá morando aqui depois que conheceu e se casou com uma Argentina em Sao Tomé das Letras. Quanto ao "Vou a la mierda!" deve ser verdade, porque depois ouvi ele falando isso com um uruguaio.
Beijos e abracos
Thiago (rulius)