terça-feira, 28 de junho de 2011

Turismo e Corrida de Rua!

Está em alta a prática de corrida de rua no Brasil. Aqui em BH, por exemplo, as corridas "da moda", como os circuitos adidas e athenas, por exemplo, tem ficado lotados, e a nossa prova mais tradicional, a volta da pampulha, chegou aos doze mil e quinhentos participantes em 2010!

Mas a turma da corrida não tem se contentado em correr apenas em sua região, e as viagens  para corrida (e turismo, claro) só tem aumentado.

E agora chegou a minha vez!!!


No próximo domingo acontece a 5 meia maratona das cataratas, em Foz do Iguaçu. E eu, sujeito meio despreparado, retardatário ao extremo, vou tentar esta proeza.


Aguardem notícias!

Site oficial da meia maratona das cataratas: clique aqui.

Quer saber mais sobre corrida de rua? Veja os sites das principais revistas especializadas:
Revista Contra Relógio
Revista O2

Quer uma agencia de viagem que também atue na área de corridas de rua? Clique aqui.

Quer viajar para Bh e correr a volta da pampulha em 04/12/2011? Veja mais informações no site oficial da prova: http://www.yescom.com.br/voltadapampulha/2011/portugues/index.asp

Abraços
Thiago Rulius

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ilha Grande - Trilhas mapeadas com GPS

Apesar da infelicidade de não ter mapeado com GPS a trilha para a praia de Dois Rios, eu levei o meu brinquedinho para as trilhas da Feiticeira e de Lopes Mendes / Santo Antônio.

Vejam abaixo a trilha mapeada e as informações de elevação e distância destas trilhas abaixo:

1) Praia da Feiticeira



Para ler sobre a trilha e praia da Feiticeira, clique aqui.


2) Praia de Lopes Mendes e Santo Antônio



Para ler sobre a trilha e praia de Lopes Mendes ou Santo Antônio, clique aqui (,caminho até a praia do Pouso) e depois aqui (trecho final, fotos e descritivo das praias).

Abraços.
Thiago Rulius

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ilha Grande - Vila do Abraão


O destino mais comum na Ilha Grande é a vila do Abraão. Todo mundo vai para lá. Eu, ao contrário, tinha ficado em Araçatiba em minha primeira visita a ilha, em 2007. Mas agora, finalmente, conheci o “lado de lá”.

Falando apenas das vilas: Abraão é muito melhor em termos de estrutura. Tem muitas opções de pousadas e campings, mais opções de barcos para o continente e para passeios para outras praias, além de farmácia, mercados, lojinhas, etc. E o principal: mesmo agora, na baixa temporada, tem boas opções de restaurantes, lanchonetes e padaria. Isso foi o pior em Araçatiba, quando estive por lá. A parte da alimentação era muito ruim. Na noite do Reveillon não conseguimos comer e passamos o dia com um sanduíche, e só. Foi a primeira praia que fui que não conseguia comer um peixe pescado na região.

Quanto as praias, o Abraão tem acesso a pé para várias das mais conhecidas, como Lopes Mendes, Dois Rios e Saco do céu. No caso de Araçatiba, os melhores passeios são para a Lagoa Verde e uma praia que me disseram chamar praia da Cachoeirinha, que nem aparece nos mapas. Esta ultima tem águas translúcidas, e foi onde conseguimos ver várias estrelas do mar e até mesmo um cavalo marinho.

Para resumir, se você nunca foi a Ilha Grande, fique em Abraão. Quando voltar passe uns três dias em Araçatiba, que também é muito bom, mas tem menos atrativos.


Preços no Abraão em Junho de 2011 (fora de temporada):

- Pousadas: diárias com valor médio de R$60 para casal. Existem opções de albergues e campings (mas não vi nenhum camping funcionando).
- Comida: Prato feito em média a R$13. Moqueca simples para casal por cerca de R$45. Ambos os preços para restaurantes com comida boa, porém simples.
- Passeio de barco para Lopes Mendes: R$20 por pessoa (ida e volta).
- Água mineral: R$2 para 500ml, R$3 para 1,5 litro e R$6 para galão 5 litros..


Trilhas e Praias

Existem dezesseis trilhas oficiais na Ilha Grande. Estas têm a vantagem de possuir placas de orientação no início, fim e decorrer das trilhas, o que ajuda a não errar o caminho. Apesar desta sinalização, existem encruzilhadas sem orientação alguma. Nesse caso, se você está seguindo para o destino principal da trilha, siga o caminho mais aberto e terá mais chances de acertar.

Três destas trilhas partem do Abraão, e tem como destino o circuito do Abraão (trilha 1), As praias dos Mangues e do Pouso (trilha 2) e a praia de Dois Rios (trilha 3). Várias outras praias tem acesso por trilha a partir do Abraão, mas neste caso elas se encontram em algum trecho intermediário da trilha (Areia Preta, Galego, Comprida, Júlia, Abraãozinho), ou mais de uma trilha precisa ser percorrida para que sejam alcançadas (Lopes Mendes, Feiticeira, Saco do Céu, Caxadaço, Parnaioca).

Vou citar no texto de cada trilha o tempo gasto por nós (eu e minha esposa) para concluir a caminhada, em um único sentido (ida ou volta). Porém, este tempo pode variar de acordo com cada um. Pessoas com preparo físico ruim ou que optem em seguir mais devagar podem estourar este tempo (que é inferior ao tempo médio previsto na sinalização das trilhas). Outro detalhes importante: algumas placas se referem a distância e tempo para ida e volta, não deixe de observar esta informação.


Para ler sobre a trilha e praia de Dois Rios, clique aqui.
Para ler sobre o circuito do Abraão, clique aqui.
Para ler sobre a trilha e praia da Feiticeira, clique aqui.
Para ler sobre a trilha e praia de Lopes Mendes ou Santo Antônio, clique aqui (,caminho até a praia do Pouso) e depois aqui (trecho final, fotos e descritivo das praias).

Outras informações

TurisAngra informações turísticas: (24)3367-7826 / (24)3369-7709
www.turisangra.com.br
http://ilhagrande.org

Abraços
Thiago Rulius

Ilha Grande - Praia de Lopes Mendes / Sto. Antônio


Trilha 11 – Mangues – Pouso / Lopes Mendes (Sto. Antônio)

Se você já chegou a praia do Pouso, falta muito pouco para chegar na praia de Lopes Mendes. A trilha 11, que é o ultimo trecho, é bastante curta, e foi percorrida por nós em apenas 17 minutos.

Para saber como chegar a praia do Pouso, clique aqui.

Da praia do Pouso, logo após o trapiche, pegue a trilha no fim da praia (logo após o bar). Depois de um curtíssimo trecho você cairá em outra praia. Siga até mais ou menos o meio da praia e verá o início da trilha 11. Agora é só correr para o abraço. Você já está quase em Lopes Mendes.

Sobre a praia de Lopes Mendes (foto acima), não tem muito o que falar. É conhecida como a praia mais bonita da ilha. Extensa, tem mar com ondas (na maior parte do tempo não oferece muito perigo), areia boa e trechos de sombra na parte mais recuada da praia, junto a vegetação. Não tem nenhuma construção. Os barcos não chegam até lá, são obrigados a deixar os turistas na praia do pouso. É praia para passar o dia inteiro, ou vários dias inteiros.

O clima e o mar de Lopes Mendes mudam bastante de acordo com a época do ano. Na temporada o mar tem uma coloração mais clara e menos ondas. Venta muito menos na praia e o clima é ideal para passar várias horas por lá. Fora de temporada isso pode variar bastante. O mar pode ficar um pouco mais “bravo” e até um pouco perigoso (especialmente para quem não sabe nadar). Além disso venta muito mais, e chega a fazer frio em alguns momentos. Para quem vai nesta época, recomendo a praia de Santo Antônio (veja abaixo) que fica ali pertinho e é mais protegida.

Como tem apenas um sujeito com uma caixa de isopor vendendo bebidas e mais nada, não deixe de levar o seu lanche e sua bebida. Não se esqueça de trazer de volta o lixo que você produziu, se possível aproveite e carregue algum outro que encontrar. Existem lixeiras próximas aos salva-vidas. Se não encontrar, informe-se com eles.

O tempo total que gastamos para chegar a Lopes Mendes desde o Abraão (trilha 10 + trilha 11) foi de aproximadamente duas horas.



Praia de Santo Antonio (fotos abaixo)


Cerca de quatrocentos metros antes do fim da trilha 11 (ou, para quem vem de Lopes Mendes, cerca de quatrocentos metros após o início da trilha) existe uma placa indicando uma trilha para a praia de Santo Antônio.

Como Santo Antônio é uma praia vizinha a Lopes Mendes, ela fica ali, meio no esquecimento. Nem tem placas de distância, não aparece em alguns mapas. É uma praia meio anônima. Ninguém sabe, ninguém viu. Mas vale muito a pena!


A trilha que chega em Santo Antônio não exige muito, é curta, mas tem dois problemas: Está meio fechada pelo mato, talvez por falta de uso; e tem uns degraus grandes, meio altos. Mas se você está bem de saúde e não liga para uns degraus, não deixe de conhecer esta praia que ela vale a pena.

É uma praia pequena, deve ter uns quarenta metros. Mas tem uma boa faixa de areia, e uma parte desta é sombreada por uma árvore grande no meio da praia. Foi a praia mais sossegada que visitamos. O tempo que ficamos lá ninguém mais apareceu.


Para quem vai fora de temporada, ela tem uma vantagem em relação a Lopes Mendes. Está em um local um pouco mais protegido, então o mar é mais calmo (o mar em Lopes Mendes neste dia estava bastante agitado) e venta menos na praia, não faz frio.

Se o tempo em Lopes Mendes estiver castigando nem pense duas vezes, vá para a praia de Santo Antônio que vale a pena.

Abraços
Thiago Rulius

Ilha Grande - Praia das Palmas (caminho para Lopes Mendes)


Trilha 10 – Abraão / Palmas

Esta trilha leva da vila do Abraão até a praia das Palmas, que também tem uma pequena comunidade e alguma estrutura (camping e bar, no mínimo). São 3km de trilha bem aberta, pois é o mesmo caminho que leva até a famosa praia de Lopes Mendes. Fizemos o trecho em pouco menos de 1h.

Em relação a trilha, ela começa na praia do Abraão. De frente para o mar, siga para o lado direito até o fim da praia. Lá você encontrará o início da trilha. Após um curto trecho você verá outra praia. Antes dela você verá uma trilha a direita. Após subir um pouco haverá uma bifurcação não sinalizada. Siga a direita. Depois o caminho é sinalizado até a praia das Palmas.


Detalhe importante: A saída para a praia das Palmas está sinalizada, mas não é o fim da trilha. Atenção para não passar direto.

A praia das Palmas pode ser aproveitada para lanchar, comprar água, e até entrar no mar, claro. As águas são bastante calmas, e a praia é bonita. Porém, é uma praia habitada. Tem casas e moradores, cachorros, etc. Aí você decide se vai ou se fica.

Para seguir caminho em direção as praias de Lopes Mendes ou Santo Antônio, caminhe até a outra extremidade da praia e siga em frente. Existe uma pequena placa indicando onde seguir. No caminho vocês ainda encontrará as praias dos Mangues/Pouso (primeira foto deste post). Na dúvida, consulte os moradores.


Abraços
Thiago Rulius

Ilha Grande - Praia da Feiticeira


Trilha 2 – Aqueduto / Saco do Céu (Feiticeira)

Não seguimos esta trilha em toda a sua extensão, somente durante um trecho, até chegar a praia da feiticeira. É uma trilha estreita, e exige por causa disso um pouco mais de atenção. Tem muita umidade também, o que torna o chão as vezes escorregadio.

Uma vantagem é que, como não é tão utilizada como outras trilhas (exemplo: Lopes Mendes) existe uma possibilidade maior de encontrar com a fauna da ilha. Pudemos ver bem de perto alguns macacos e esquilos. Os macacos chaaram mais a nossa atenção, pois não eram os micos que estamos acostumados, e sim uma outra espécie maior, talvez Bugios.

Esta trilha é a mesma que dá acesso a cachoeira da Feiticeira. Porém não era nosso destino e seguimos em outra direção na bifurcação. Mais para frente uma outra bifurcação aparecerá, e esta não é sinalizada. Para a praia da Feiticeira siga o caminho da direita. Detalhe importante: existe uma placa intermediária no trajeto indicando a distância de 5km para a praia da Feiticeira. Ignorem. Neste momento faltavam cerca de três km para chegar a praia.

Fiz a trilha com GPS e pude constatar a distância exata percorrida: 4,1km. Segue abaixo o detalhamento e também a altimetria do percurso, para que você possa avaliar se está dentro das suas condições físicas.

Apesar das dificuldades citadas acima, eu recomendo este percurso, pois não é longo. Desde a vila do Abraão até a praia da Feiticeira nós (eu e minha esposa) gastamos 1:15h de caminhada.

Quanto à praia (foto acima), tem aproximadamente cinqüenta metros, é bonita e bastante reservada. Tivemos algum tempo de exclusividade, depois dividimos o espaço com meia dúzia de turistas. As águas são calmas e tem boa visibilidade. É possível ver muitos peixes de pequeno porte na parte mais rasa. Eles são tão folgados que chegam a beliscar a gente. Eu estava com um machucado (causado por uma bolha) e eles só mordiam ali, os “gente boa”. Próximo ao meio da praia chega um veio de água doce onde é possível tirar o sal do corpo antes de encarar a caminhada de volta.

Abraços
Thiago Rulius

Ilha Grande - Circuito do Abraão


Trilha 1 – Circuito Abraão (Aqueduto, Areia Preta, Galego).

A segunda mais curta das dezesseis trilhas “oficiais” da ilha, tem menos de 2km. Muito curta, e diferente das demais, pois faz um circulo, terminando onde começou. Dá acesso ao Aqueduto, Lazareto e praias da Areia Preta e do Galego. Bom para quem não quer saber de muito exercício. É boa opção também para o dia de chegada ou partida da ilha, quando não temos tempo suficiente para ir muito longe.

O acesso para a trilha 2 é feito a partir do aqueduto (foto acima), e leva até a praia e cachoeira da Feiticeira, ao Saco do Céu, além de outras praias.


Abraços
Thiago Rulius

Ilha Grande - Dois Rios


Trilha 14 – Abraão / Dois Rios

De acordo com o mapa fornecido pela TurisAngra no cais de embarque para a Ilha, esta trilha tem 7km. Ela é diferente das outras trilhas da ilha, é mais larga e tem acesso para carros também, que seguem para a sede da UFRJ próximo a praia de Dois Rios, onde funcionou no passado um presídio.

É uma trilha bem mais larga e, apesar dos deslizamentos que ocorreram por lá, passa bastante segurança. Você sempre vê onde está pisando, não existe aquela situação em que pode haver, por exemplo, uma cobra por ali, ou o risco de um escorregão.


Fizemos a trilha em 1:55h, tempo dividido quase que igualmente entre subida e descida. Primeira metade para as subidas e a segunda metade para as descidas.

No fim da trilha existe um controle de visitantes, e o guarda responsável por este controle fornece outras informações dos serviços (básicos) oferecidos por ali; Onde é possível comer ou comprar água, e o que está disponível para visita, além da praia.

OBS: No inicio da trilha existe atualmente uma placa não recomendando o uso da trilha devido a desabamentos. Confirmamos a segurança com uma agencia de turismo em Abraão que disse que com as condições do dia boas não haviam problemas. Seguimos em frente e constatamos que a trilha estava ok, inclusive cruzamos com um carro passando. Porém, caso você vá visitar a ilha e a placa ainda esteja por lá, confirme a situação da trilha antes de prosseguir, por segurança.

Apesar da praia de Dois Rios ter alguma civilização, é muito aconchegante, sossegada e bonita. Me surpreendeu positivamente e gostei muito de passar o dia por lá. A primeira foto deste post é da praia de Dois Rios. Uma das praias que mais gostei.

domingo, 19 de junho de 2011

Ilha do Mel

Quem vai para a Ilha do Mel procurando uma praia com água transparente, cheia de coqueiros e com aquela cara de nordeste não vai encontrar. Mas... e daí? Lá não tem nada disso e mesmo assim é muito bom!

Estive lá fora de temporada e o lugar estava praticamente deserto. Haviam apenas dois casais além de nós na pousada, e estava tudo muito sossegado. Não fizemos reserva para chegar lá e conseguir melhor preço, assim como já havia ocorrido no dia anterior em Morretes e que deu muito certo. No caso da ilha, fechamos a diária por R$20 a menos e ainda em um quarto superior ao que estávamos negociando pelo telefone. Com isso ficamos mais bem instalados e ainda economizamos R$200 (10 diárias).


Quem vai para a Ilha do mel tem como opção para hospedagem as vilas das praias de Encantadas, Farol/Brasilia e Fortaleza, que ficam respectivamente no sul, centro e norte da ilha. Escolhemos ficar no Farol devido a localização mais central, que nos permitiria explorar toda a ilha durante os nossos dez dias por lá sem ter de ficar atravessando toda a ilha. Apesar de várias pousadas terem ficado fechadas durante os dias de semana, o supermercado, posto de saúde e dois ou três restaurantes mantiveram as portas abertas, mantendo um minimo de estrutura. Já as barracas de artesanato, camisas e presentes desapareciam de segunda a sexta-feira.

Tivemos muitos dias nublados, ruins para a praia e excelentes para as caminhadas. Até o farol a caminhada era muito curta, um quilometro talvez, com opção de fazer o caminho pelas trilhas internas da ilha ou pela praia. A subida até o pico do morro (base do farol) é fácil, pois toda a parte ingreme do caminho é calçada e com degraus. Mas para subir e ver o pôr do sol nessa época vale investir em um repelente ou subir de calça, porque neste horário os pernilongos atacam sem dó.


Visitar o farol não toma tempo nenhum e pode ser feito em um fim de tarde na boa, para quem está por ali. A praia do Farol é excelente para passar o dia. Tranquila, com maré mansa e muito legal. Como companhia, só as gaivotas e bem de vez em quando um ou outro casal. Para quem vai para surfar a praia de fora, do outro lado do morro do farol, tem mar mais agitado e os surfistas estão sempre por lá.

Um outro programa tranquilo de fazer a partir da vila do Farol/Brasilia é visitar a fortaleza. Para chegar lá basta seguir a praia na  direção oposta a do Farol. A partir do istmo e do trapiche de Brasilia a distância é de uns dois quilometros pela praia, com opção de utilizar a trilha por dentro da ilha (que estava fechada com muitos alagamentos e pernilongos atacando em qualquer horário). É muito tranquilo o caminho pela praia e é melhor passar mesmo por lá. Se o dia estiver claro você verá a fortaleza a uma certa distância, muito bonita. Um pouco antes de chegar você encontrará algumas pousadas e um hotel na beira da praia, este com um barco / bar para uma cerveja ou suco. Do bar até a fortaleza são mais cinco minutos. Porém este trecho final tem um caminho mais estreito pela areia, sendo ideal atravessar de manhã para não passar alguma dificuldade com a maré alta. Mas não se assustem, não é nada muito difícil.

Dentro da fortaleza você terá uma boa vista do local e poderá conhecer os postos de vigia no muro, os canhões que ainda estão por lá e algumas fotos de época. O lugar está todo conservado e vale fácil a visita, que é grátis. Qualquer dúvida pergunte ao guarda que está sempre por lá. Existe uma trilha que leva a um "posto avançado" da fortaleza bem mais alto. Suba. Além de outros canhões e instalações abandonadas existe um mirante. Caso não encontre o inicio da trilha pergunte também ao guarda, e encare essa subida que a vista é espetacular.


Dica de ouro: Se você não é um turista daqueles que só bate fotos onde todo mundo já bateu e vai embora, pode seguir após a fortaleza pela praia em direção a reserva da ilha. Siga até o momento em que a fortaleza não estiver mais a vista (cerca de 2km). Quando chegar a este lugar, observe atentamente o mar e se estiver com sorte poderá ver alguns golfinhos passando. Esta dica consegui com um morador extremamente gente boa que tomou café conosco. Portanto, não deixe de conversar com os moradores da ilha, aproveitar melhor sua viagem e postar a sua dica aqui no blog depois, ok? E não se esqueça de que este local (para ver os golfinhos) faz parte da reserva da ilha, então não vá arrancar plantas, e deixar lixo por lá (e nem em qualquer outro lugar). Leve apenas fotos e recordações.

A praia do farol foi onde mais ficamos deixando o tempo passar nos dias de sol. Conversando, nadando, vendo os carangueijos e as gaivotas a poucos metros de nós. E depois de tudo isso comendo um peixe a poucos metros dali, na própria vila do farol.

Para sair do Farol para Encantadas também é tranquilo, as caminhadas são feitas quase que integralmente pelas praias, com pequenas travessias de pedras entre algumas delas. Apenas na travessia da praia do Miguel existe alguma dificuldade, se a maré estiver alta. Então, se possível, atravesse este ponto mais cedo, para facilitar. Uma idéia é sair cedo e ir passando pelas praias no caminho. Para voltar, duas opções: caminhando ou de barco, que tem preços razoáveis.


A grande jogada de viajar para a Ilha do Mel na época que fomos (maio) é a tranquilidade do lugar, com praias inteiras exclusivas. Foi muito bom para relaxar e aproveitar o isolamento. Tivemos aproximadamente metade dos dias de chuva, mas mesmo assim a viagem valeu muito a pena. Lembrando ainda que toda ilha tem duas grandes vantagens: (1) Não tem como nenhum infeliz ligar o som do carro na maior altura na beira da praia e tirar o seu sossego. (2) Uma boa trilha acaba com a farofa.

Serviços

- Almoçamos muitos dias no restaurante do Davi, tinha sempre uma promoção de prato com peixe por lá a bons preços. Funciona a semana inteira. A decoração é meio esquisita, mas a comida é boa.
- Para artesanato procure a barraca do caco. Ele faz blusas com desenhos muito doidos feitos por ele. Viagem mesmo. Aproveite para comprar incenso de citronela (afasta pernilongo) se estiver indo no meio do ano.
- Para quem planeja sair de barco de Paranaguá e está indo fora de época, recomendo confirmar os horários, pois as saídas ocorrem com menor frequencia. O melhor mesmo é pegar o barco em Pontal do Sul.

OBS: Leia o artigo de Morretes aqui no blog. Conhecemos Morretes na mesma viagem, e é um lugar legal para se passar uma noite (após o passeio de trem ou van que parte de Curitiba e desce a serra da Graciosa) e no dia seguinte seguir para a ilha.

Beijos e abraços
Thiago Rulius

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sabará


Das cidades históricas mineiras, Sabará é a mais próxima de Belo Horizonte. São apenas 23 km, o que não dá nem para chamar de viagem. Um dia inteiro por lá já é suficiente para conhecer o teatro, museu e duas ou três igrejas, aproveitando para almoçar no centro (almoce de 12:00 as 13:00, quando a maioria das igrejas e o teatro fecham). Para quem quer ver tudo com mais detalhes, basta acrescentar mais um dia e terá tempo suficiente.

Na chegada à cidade, cerca de 1km antes da chegada ao centro, está o posto de informações turísticas de Sabará (no canteiro central da MG). Não tem muita estrutura, mas o pessoal foi muito atencioso e nos forneceu informações sobre as atrações turísticas principais e seus horários de funcionamento. Recebemos um mapa muito fraco, mas que de qualquer maneira já ajuda. O centro histórico é pequeno, mas algumas das ruas têm casario bem conservado que fazem valer uma caminhada despreocupada. Você certamente vai passar por alguma igreja, chafariz ou capela.

Visitamos duas igrejas (Senhora do Ó e de Nossa Senhora do Carmo). A primeira é pequena e está mais distante do centro, mas vale conhecer; Tem o altar todo entalhado, e as paredes são forradas por pinturas antigas. Já a igreja de Nossa Senhora do Carmo é bem maior, mas não tem a mesma beleza ou aconchego da primeira. Tem alguns detalhes bonitos mas é muito mais pobre em relação as pinturas. Tem algumas cabeças de anjos no altar (sem os corpos) que achei meio bizarro. As vigas próximas a porta são sustentadas por homens visíveis apenas da cintura para cima, como se saíssem das paredes. Muito legal. A taxa de entrada para cada uma destas igrejas foi de R$2,00, e todas as outras cobram no máximo este valor pela visita. Quem quiser ir a missa na igreja Senhora do Ó, esta é realizada as 19:00, todas as quintas-feiras. Também é possível marcar casamento nesta igreja.

Também visitamos o teatro municipal, segundo mais antigo em funcionamento no Brasil. Havia visto uma foto antes e é impressionante como ele passa impressão de ser bem maior do que realmente é. É muito simples e sem qualquer luxo. Aparenta ter poucos lugares, mas a lotação é superior a 200 pessoas, devido aos três andares de camarotes.



OBS: Não deixe de fazer uma "visita externa" a igreja de Nossa Senhora do Rosário. Ela é diferente de todo o resto, e suas paredes de pedra fogem muito do padrão da cidade (reparem na espessura das paredes). Segundo explicações que recebemos, esta era a igreja dos escravos, que não podiam frequentar a igreja dos brancos.



Descobrimos no posto de informações turísticas que no distrito de Pompéu (5 km do centro), estava acontecendo o Festival do Ora Pro Nóbis (14 a 22 de maio), e aproveitamos para almoçar por lá. Foi uma boa chance de provar um dos pratos típicos da cidade (arroz, costelinha, ora pro nobis e angu) e comprar produtos artesanais como licores, geléias e bombons de jabuticaba e Ora pro Nóbis. O festival não era exclusivamente gastronômico, mas não pudemos esperar pela programação cultural do domingo.

Outras informações (fonte: informações turísticas de Sabará)

Distâncias
BH - 23 km
Rio de janeiro - 429 km
Brasília - 714 km
Vitória - 526 km
São Paulo - 581 km
Salvador - 1430 km
Campo Grande - 1266 km
Santa Bárbara - 58 km
Ouro Preto - 120 km
Congonhas - 104 km
Diamantina - 311 km

Bancos: Brasil, Caixa, Bradesco, Santander, Itau

www.turismosabara.com.br
www.sabara.mg.gov.br
(31)3672-7690

Abraços
Thiago Rulius