quinta-feira, 14 de julho de 2011

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Meia Maratona das Cataratas 2011


Foi muita sorte ter chegado na quinta-feira a Foz do Iguaçu para correr a meia maratona das cataratas. O tempo não estava bom neste dia, mas piorou na sexta-feira e no sábado, causando a interdição do aeroporto da cidade, o que forçou vários dos participantes a mudar a rota para outros destinos e seguir o resto do trajeto de onibus.

Quanto a nós (eu e minha esposa), já havíamos feito reserva em hotel antecipadamente, e ficamos no centro. Pode ser uma boa opção para acesso ao Paraguai e também para o deslocamento de onibus até as cataratas (lado brasileiro), porém não foi prático pensando no lado da corrida, pois tinhamos de seguir até o hotel Mabu diariamente: sexta-feira para retirada do Kit, Sábado a noite para o jantar de massas e domingo para a corrida. Olhando agora, me parece melhor para quem vai correr ficar no próprio Mabu (deve ser muito caro) ou em algum hotel simples mais próximo a ele, que dê para ir caminhando até lá.

A entrega do Kit da prova aconteceria durante a sexta-feira e sábado, mas o período foi alongado devido ao problema da chegada dos atletas. Retiramos os nossos kits logo cedo na própria sexta, com muita tranquilidade. Eu esperava encontrar uma banca da loja Procorrer por lá, já que eles faziam parte da organização da corrida. Tive a oportunidade de visitar esta loja em Curitiba em 2010 e recebi ótimo atendimento por uma vendedora que realmente entende de corrida (Sandra), o que ainda não consegui encontrar nas lojas de esportes de BH.

Achei o visual da blusa ok, mas o material nos pareceu meio suspeito, situação que se confirmaria durante a prova. Adiamos a visita as cataratas argentinas devido ao mau tempo. Seguimos para o Paraguai para fazer algumas compras. OBS: O limite de compras isentas de impostos é de trezentos dólares, em especial de eletrônicos ou produtos iguais em grande quantidade. No caso de roupas é possível passar como artigo de uso pessoal.

Sábado o tempo não havia melhorado nem um pouco, talvez estivesse até pior. Como não podíamos adiar mais, seguimos para a Argentina e passamos o dia no parque dos hermanos. em breve colocarei um novo post no blog com a parte turistica da viagem.

A noite a previsão do tempo para domingo (dia da prova), que era de sol, não foi tão otimista assim. Diziam que a prova seria realizada entre 3 e 10 graus. Preocupante. Eu havia levado apenas um short e uma bermuda, e não tinha nenhuma blusa de frio própria para corrida comigo. Bom, o jeito era encarar do jeito que dava. Prendi o numero de peito na camiseta, coloquei chip no tênis e deixei tudo preparado para a corrida antes de seguir para o jantar de massas, que foi bem organizado, com vários pontos para que os corredores pudessem se servir no enorme salão do hotel Mabu. Para beber havia água e refrigerantes liberados. Não comi muito, mas o Franck Caldeira, que estava em uma mesa próxima, comeu, repetiu e ganhou a prova...

O Domingo começou gelado. Após o café, seguimos para o ponto de largada. O pessoal da organização atrasou a saída do caminhão guarda-volumes, o que ajudou muito, permitindo aos atletas esperar até um horário mais próximo ao início da prova agasalhados. Eu estava preocupado, meu Garmin (GPS) havia travado na noite anterior e eu não tinha sequer um relógio de pulso comum para substituí-lo. Fui usando-o assim mesmo para tentar encontrar alguém que houvesse passado pelo mesmo problema na largada. Então eu ficava de olho no pulso do povo e sempre que via alguém de Garmin puxava assunto para perguntar se já haviam passado por isso. Fiz isso com cinco ou seis pessoas e nenhuma delas conhecia o problema. Despachei a blusa de frio e fui me alinhar para a largada meio preocupado, pois havia feito um plano de prova para conseguir completar antes do tempo limite anunciado, de 2:30hs, e precisava do Garmin para ter noção de meu desempenho durante a prova. Enquanto aguardávamos a largada (estava menos frio no meio do daquele bolo de gente) notei que um cara logo a minha frente usava Garmin também. Resolvi tentar uma ultima vez e perguntei a ele do problema. Ele disse já ter passado por isso e resetou meu GPS. Que felicidade!!! Me animei novamente e ficamos de papo esperando o inicio da largada. Ele havia vindo de Goiania e teve de esembarcar em Curitiba e seguir o resto de onibus, devido ao aeroporto fechado. Me perguntou minha meta para a prova: completar sem andar, e antes do tempo limite de 2:30hs.

A prova começou e parti animado. A largada ocorre em uma descida, o que ajuda a correr sem muito esforço, melhorando o aquecimento antes de forçar muito na prova. Segui com tranquilidade. Minha esposa, que tem me batido nas provas mais longas, passou logo no km2. Segui tranquilo, correndo sempre na faixa de 6:30 minutos/km, pois esta velocidade me permitiria completar no prazo estipulado. Se estivesse bem nos ultimos Kms, aumentaria o ritmo.

O percurso tem uma altimetria variada, com muitas subidas e descidas todo o tempo, mas nos primeiros 9kms existem subidas com maior inclinação. Vi algumas pessoas reclamando dos morros, como de praxe. E eu feliz da vida. Não me importo com os morros, inclusive treino em uma avenida que tem alguns. O que realmente me mata é o calor, que ali não existia. Mas no caso desta corrida notei outro problema antes de completar 10km. Estava com os mamilos irritados pela blusa.


Após a entrada do parque, ao contrário do que me disseram, os morros continuam aparecendo, porém com uma inclinação pequena, e não afetam o desempenho. Lá pelo Km 14 voltei a ver a minha esposa a frente. Estava me sentindo ótimo e segui firme, reduzindo a diferença aos poucos. Talvez pudéssemos cruzar a linha de chegada juntos, afinal.

Mas um pouco depois do km 17 senti umas fisgadas na perna direita. Era um início de caimbra. Tive de reduzir a velocidade, que até então era constante desde o início da prova. Nessa altura já podia ver o sangue dos mamilos na blusa.

Os ultimos três kms foram bastante sofridos, com várias fisgadas na panturrilha, mas ao ouvir o som das cataratas recebi uma injeção de ânimo e até aumentei um pouco o ritmo novamente. Ao ver as cataratas senti uma emoção muito forte, e tive vontade de chorar. Encarei a ultima subida (ingreme e curta) com disposição e me atirei em direção a chegada. Completei assim a minha primeira maratona com os dois objetivos cumpridos: Concluir sem andar e abaixo do tempo limite de 2:30hs (fiz em 2:19:57). Para mim, uma grande vitória.


A organização da prova foi muito boa, a temperatura baixa ajudou muito e voltei realizado da viagem. Mas vou destacar aqui os pontos negativos:

    1) Qualidade da camisa
    2) Falta de lixo na concentração, tive de jogar casca de banana e garrafa de água no chão.
    3) Postos de hidratação com pelo menos duas bancas de água (pelo menos os primeiros). infelizmente tem pessoas que insistem em parar em frente ao posto para tomar água, sem nem tomar conhecimento que está prejudicando quem vem atrás.

Mas mesmo com estes problemas (pequenos), foi a melhor prova que participei. Recomendo muito.

Agora, é esperar a calourenta Volta da Pampulha em dezembro (que no site está com a largada as 08:00, tomara que seja verdade), e quem sabe também a São Silvestre?

Veja abaixo o mapa de altimetria registrado pelo meu Garmin (GPS) durante a prova.


Acesse aqui o site oficial da meia maratona das cataratas.

Abraços
Thiago Rulius