quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Cataguases / MG


Cataguases é uma cidade bacana. Seu centro, com algumas construções históricas bem conservadas, ruas calçadas e arborizadas, fazem um passeio pela cidade ficar bem agradável (se não estiver muito calor).

A cidade tem uma certa fama modernista, o povo todo que cursa arquitetura conhece ou ouviu falar. As suas construções fogem do estilo Ouro Preto, Mariana, Congonhas. Pode-se ver construções projetadas por Oscar Niemeyer, Painéis de Portinari e Museus das fábricas instaladas na cidade. Algumas de suas praças são amplas e bem cuidadas. O terminal turístico é um vagão de trem em uma delas.



Não precisa muito tempo para conhecer a cidade, um dia inteiro ou no máximo dois são suficientes. Uma boa idéia é utilizar a cidade como ponto de parada de uma viagem maior, jantar e dormir por aqui (os hotéis e restaurantes tem um preço muito bom), dar um passeio no outro dia cedo e seguir viagem. O preço médio das diárias aqui (tirando os dois melhores hotéis) é de R$25 a R$30.

Uma pequena lista de pontos turísticos para quem passar por aqui:
_ Praça Sta. Rita (com a Igreja e Prefeitura).
_ Praça Chácara e Museu Dona Catarina
_ Hotel Villas (almoce por lá).
_ Estação Ferroviária
_ Museu da Eletricidade.
_ Painel de Portinari.


Opções de Hospedagem baratas

_ Hotel Villas
_ Hotel Duarte
_ Hotel Spindola

Opções de Hospedagem nem tão baratas (mas bem melhores)

_ Hotel Cataguases
_ Hotel Bevile



Quanto a moto (TDM 225), é uma diferença enorme em relação a intruder 125 que usava. O torque é muito bom e a sexta marcha ajuda muito. As reduções de marchas não são muito frequentes e a velocidade utilizada fica mais estável. A moto me passou muita segurança nas ultrapassagens também. Não gostei muito dela nas curvas, mas como essa moto tem fama de ser boa nesse aspecto acho que são os pneus (maggion na frente e um rinaldi já bem usado atrás) que me tiraram a confiança. Vamos ver na próxima viagem com pneu traseiro novo.

Como pontos negativos da moto ficam o banco duro e a velocidade final baixa. Com 120 km/h ela já fica esgoelada. Isso não é tão ruim quanto parece, porque sem um para-brisa fica impossível viajar distâncias maiores nessa velocidade. A moto está aprovada.

Dezembro de 2006
Distância de BH: 300km.
Moto utilizada: TDM 225cc

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Carrancas / MG


Algumas dicas e informações para quem estiver planejando uma viagem até lá.

_ Para feriados pode valer a pena reservar pousada. Quando liguei para reservar na véspera várias pousadas estavam lotadas (cerca de 70%).

_ Pesquise bastante o preço das hospedagens, a diferença da mais barata para a mais cara na "temporada" chega a 400%. Use o site www.telelistas.net para encontrar as pousadas de lá (essa dica vale para outros municipios também).



_ Para visitar as cachoeiras mais próximas não é necessário guia, é muito fácil (cachoeira do moinho e poço do coração). Porém se você vai com pouco tempo acho que estes dois lugartes devem ser visitados no fim da tarde, após a visita de um dos lugares mais distantes. A distância média destas atrações é de 2km do centro. Para visitar o poço do coração tem que pagar R$1,00.

_ Existe uma agência de guias na praça. Eles dão informação sem cobrar nada, mas para visitar o complexo da Zilda e / ou a dupla cachoeira da fumaça e poço encantado (e adjacências) eu recomendo. Não é que vc não vá conseguir encontrar o lugar sozinho, mas com certeza não vai ver todas as cachoeiras, fora que R$10 (por pessoa - preço do guia) não vai deixar ninguém mais pobre. Sair de lá com R$10 a mais no bolso e deixar de conhecer uma (ou várias) belas cachoeiras não me parece bom negócio. Voltar lá para conhecer vai ficar bem mais caro. Fora que asism vc bota dinheiro na mão do povo nativo de lá de verdade.


_ A cidade tem uns 4 ou cinco restaurantes melhores (apesar de simples). Vc pode sair para jantar também, os que estão nos arredores da praça abrem a noite ( os outros eu não sei ).

_ O sino da igreja na praça toca toda hora, se vc dorme muito cedo fique pelo menos a uns dois quarteirões de lá.

_ A maioria das atrações ficam afastadas, uma moto ou carro é importante (ou pelo menos uma bike).

_ A cidade só tem uma agência bancária, do banco do brasil.

_ A cidade tem posto de gasolina.



_ Para quem vem de BH via São João Del Rey, no meio do caminho tem uma placa indicando carrancas por uma estrada de terra. Passe direto e vá até Itutinga e vc conseguirá ir só pelo asfalto. (270km)

_ O escorregador da zilda paga R$1,00 de entrada.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Viagem a Serra do Brigadeiro Publicada em Revista!

Olha aí pessoal! A viagem ao Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (veja aqui no site) foi publicada na revista MotoMax Nº 8, de outubro 2006.

Apenas uma correção: Eu dormi lá, na pousada Serra D'água, ótimo lugar para se conseguir muitas dicas do local!

Confiram!
Thiago

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Teresópolis / RJ


A Cidade

Teresópolis tem vários atrativos que podem tomar cerca de dois dias para que se possa conhecer tudo, excluindo deste período as visitas ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Para quem não vai para conhecer o parque, acho que a cidade combina mais com uma viagem para casal, talvez por causa do clima do local. Além dos outros atrativos, na cidade fica o condomínio Granja Comary, onde treina a seleção brasileira de futebol.


Como Chegar

A BR-116 (Rio-Bahia) passa pela cidade e é o melhor acesso. A estrada Petrópolis – Teresópolis é outra opção.
Desci a BR-116 desde Leopoldina-MG. O trecho Leopoldina – Além Paraíba tem trechos não pavimentados, e está em obras, muito cuidado. Pouco depois de cruzar a divisa Minas Gerais – Rio de Janeiro a estrada é privatizada, e a pista está perfeita. O valor do pedágio é R$3,00 para motos e R$6,00 para outros veículos.


Principais Distâncias

Rio de Janeiro: 96km
Petrópolis: 55km
Nova Friburgo: 71km
Além Paraíba: 94km
Belo Horizonte: 405km
São Paulo: 484km


A Viagem

Depois de acordar cedo, tomar um banho e colocar a bagagem na Intruder 125cc, parti as 06:55hs rumo a Teresópolis. Logo na saída, a apenas uns dois quilômetros de casa, um motociclista em uma Honda Twister me ultrapassa e faz sinal para parar. Fui logo encostando achando que parte da bagagem tinha caído ou coisa parecida. Ele, me vendo equipado e com bagagem encostou ao meu lado e disse:
_ E aí, vai para onde?
_ Para Teresópolis – respondi.
_ Estou indo para o Rio de Janeiro. Vamos viajar juntos?
_ Ué, beleza!

Isso era tudo o que eu não esperava, mas achei muito bom, afinal quando se viaja acompanhado tudo fica mais fácil. Encostamos alguns quilômetros a frente (já na BR-116) para um café que eu não aceitei pois tinha lanchado em casa antes de partir. O nome do cara é Juninho, muito gente boa. Me contou que fazia este trecho com alguma frequência, já que seus tios e namorada moravam em uma cidade depois do Rio. Ele me acompanhou durante todo o trecho de BR-116.

Depois de encontrar o Juninho fiquei mais tranquilo. Estava um pouco apreensivo antes da viagem devido ao péssimo estado da BR-116 de Leopoldina até Além Paraíba e também por não conhecer o trecho Além Paraíba – Teresópolis, neste caso sem saber se o trevo estaria sinalizado, pois sabia que depois a estrada era privatizada e estava em ótimas condições.

O resto da viagem foi sossegado. Eu ia na frente, já que minha intruder anda bem menos que a Twister do Juninho, e desta forma eu ditava o ritmo. Depois de poucos quilômetros voltei a ficar apreensivo, e fui assim até Teresópolis, pois percebi que ele ficava emparelhando a moto comigo, até mesmo nas curvas. Não gostei muito mas não tinha como falar com o cara pois não conhecia ele direito. Agir desta forma é muito perigoso em uma estrada que só tem uma pista, se aparecesse um buraco ou um carro na contra mão fazendo uma ultrapassagem eu não teria como escapar (e nem ele), e um acidente podia acabar acontecendo.

Continuamos tocando assim até o pedágio, já bem próximos do trevo de Teresópolis. Pagamos e depois combinamos o seguinte: íamos até o trevo de Teresópolis com o Juninho na frente, pois eu não conhecia o trevo e podia acabar vacilando. Lá faríamos nova parada para despedida e foto. Partimos de novo e depois de alguns poucos quilômetros aparece uma placa “Teresópolis – Acesso norte a 600m). Era lá que eu tinha que entrar, pois a pousada Recanto do Lord (albergue onde eu já tinha feito reserva) ficava na parte norte da cidade. Durante estes seiscentos metros eu buzinei e pisquei farol para o Juninho mas ele não viu e passou direto. Eu parei a moto e esperei mais de cinco minutos para ver se ele voltava, como ele não apareceu fui embora. Acabou que não rolou a foto, mas foi bacana pois ele mostrou que tinha o espírito motociclista quando me convidou do nada para a viagem. Mais alguns minutos e eu estava na porta da pousada.


Dados da viagem de ida
Kms rodados: 157,7
Consumo: 27,61 Km/l
Tempo Total: 02:45hs

Para voltar parti de Teresópolis as 12:40hs. Percorri todo o caminho com uma única parada para foto em frente a fábrica de cerveja Lokal, ainda no princípio da viagem. Fiz o mesmo roteiro da ida, BR-116 até Leopoldina e depois mais cerca de vinte quilômetros até Cataguases. Na volta a moto andou um pouco mais, já que voltei aos 145 metros de altitude de Cataguases contra 871 metros de Teresópolis.

Dados da viagem de volta
Kms rodados: 168 (a partir do mirante Vista Soberba, mais longe que o acesso norte)
Consumo: Não foi marcado
Tempo Total: 02:30hs
Quilômetragem total: 423,5 km (incluindo percurso para visita as atrações)

Custo da viagem:

R$45,00 – Combustível
R$15,00 – Hospedagem
R$10,00 – Almoço
R$06,00 – Pedágios
R$06,00 – Acesso ao Parque Nacional Serra dos Órgãos
R$82,00 – Custo Total


Atrativos

A cidade de Teresópolis tem vários atrativos, mesmo sem considerar o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Fontes, cascatas e mirantes estão por todos os lados. Para quem se interessar, uma feira na Avenida principal da cidade vende roupas, comida e artesanato (principalmente roupas).
Assim que chegar dê uma passada na Secretaria de Turismo (a beira da BR-116 e de frente para o mirante Vista Soberba). Lá você consegue um mapa da cidade com as atrações indicadas. Apesar da maioria das atrações ser bem sinalizada, o mapa é indispensável.
Informações detalhadas das atrações:



Lago do Iacy: Um lago pequeno mas em lugar agradável. Pode ser uma interessante opção de fim de tarde, quando não resta muito tempo para escurecer. Aproveite para conhecer a fonte Judith, que está próxima.

Fonte Judith: A maior das duas fontes da cidade. Fica um pouco antes da entrada do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Pode ser vista da Reta (Avenida principal da cidade, que em cada trecho tem um nome). Esta é a atração mais fácil de achar. Fica muito próxima a Feirarte, pode parar a moto ou carro na feira e visitar as duas atrações. Tanto esta fonte quanto a Fonte Amélia vão muito bem após uma caminhada, para aproveitar melhor suas águas.
Feirarte: Muita roupa de inverno a venda. Tem também um pouco de artesanato. Tem alguns mini-shopping ao seu lado, o que faz do local um “point” de compras. De acordo com informações locais são cerca de setecentos expositores.

CBF: Localizado no bairro Granja Comary, o melhor a ver é o lago dentro do condomínio, já que cinco ou seis campos de futebol sem ninguém jogando não são grande atrativo.



Mirante Vista Soberba: Localizado na BR-116, tem uma vista fantástica do Pico Dedo de Deus, o mais famoso do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Se o tempo estiver bom, pode-se avistar a baía de Guanabara. Imperdível.

Cascata dos Amores: Um dos piores atrativos. Está mal cuidado, com muito lixo na cascata e um volume baixo de água (possivelmente devido ao inverso). Prefira outro atrativo.



Fonte Amélia: Menor porém mais aconchegante, vazia e bonita que a Fonte Judith. Vale a pena conhecer. Uma boa idéia é conferir na volta do Parque Nacional.

Cascata do Imbuí: Para mim não é cascata, e sim uma bela cachoeira. Ninguém confirmou, mas deve ser muito poluída, pois sua água tem um cheiro horrível. Não fosse isso seria um belo atrativo. Tem uma espécie de ponto de observação para visualização de outro ângulo.

Atrativos que não visitei: Orquidário Aranda (venda de orquideas), Pedra da Tartaruga, Mulher de Pedra e Rio dos Frades (queria ter visitado este rio, recebi boas informações desta atração, inclusive de uma cachoeira, mas não tive tempo para a visita).


Parque Nacional Serra dos Órgãos



O Parque Nacional da Serra dos Órgãos tem três portarias: Em Teresópolis, Guapimirim (9 kms abaixo do Mirante Vista Soberba, na saída de Teresópolis) e em Petrópolis. O passeio mais conhecido é o trekking para a Pedra do Sino, mais alta do parque com 2.263 metros de altitude, e a travessia Petrópolis – Teresópolis. Para o acesso a trilha da Pedra do Sino e Travessia é cobrada taxa de R$12,00 do visitante. Esta mesma trilha dá acesso as cachoeiras Véu da Noiva e das Andorinhas.



Pagando apenas R$3,00, preço do ingresso normal, o visitante tem acesso as trilhas da Primavera, Suspensa e Mozart-Catão, esta última terminando em um mirante com bela vista da cidade.

Aproveite e conheça as trilhas da portaria Guapimirim, já que o ingresso comprado na portaria Teresópolis pode ser usado (guarde o ingresso e cupom fiscal). A partir desta portaria pode-se acessar mais algumas trilhas, além dos poços Verde e da Preguiça.
O pico mais famoso do parque é o Dedo de Deus, com 1.692 metros de altitude.
Dica: Se você tem a intenção de conhecer o Parque, visite-o antes das outras atrações da cidade, e deixe-as para os outros horários (manhã, antes do parqui abrir e fim de tarde por exemplo). Assim vc aproveita melhor o seu tempo e não corre o risco de ficar sem conhecer parte do parque (pois muitas atrações estão distantes e devem ser conhecidas de uma só vez se o tempo é curto).


Opção de Hospedagem


Fiquei no Albergue da Juventude Recanto do Lord, no bairro dos artistas. Como ele é afiliado a International Hostelling, quem tem carteira de alberguista ainda ganha um desconto. O Albergue tem uma bela vista da cidade, e fica localizado próximo ao acesso norte (bom para quem quer conhecer os atrativos na estrada para Nova Friburgo ou Petrópolis. Não deixe de conversar com a Carol ou a Ângela (proprietária). Pegando maiores informações você não erra o caminho e aproveita melhor o tempo.


O café da manhã é básico, mas como a hospedagem tem bom preço fica tudo certo.

Contato do Albergue: (21) 2742-5586 Site: http://www.teresopolishostel.com.br/

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Grutas do Maquiné e Rei do Mato / MG


Não era uma idéia antiga esta de visitar as grutas aqui nas proximidades de Belo Horizonte. Só resolvi por este roteiro devido ao tempo feio e frio do fim de semana, que deixava as visitas a cachoeiras pouco atrativas. Mas analisando o passeio agora, depois de ocorrido, afirmo que é uma opção diferenciada e muito interessante.
Já tinha visitado uma gruta a cerca de dez anos atrás, mas esta não era preparada para o turismo, estava totalmente preservada e era simplesmente infestada de morcegos, que passavam muito próximos de nós na escuridão. Podíamos ver apenas os vultos, mas dava para sentir as fracas correntes de ar de sua passagem.



Voltando as "grutas turísticas", as três principais nesta região são a gruta do Maquiné em Cordisburgo, gruta da Lapinha em Lagoa Santa e gruta Rei do Mato em Sete Lagoas.

Como o caminho para a gruta da Lapinha era outro, seguimos em direção as outras grutas para possibilitar a visita de duas em um único dia. O plano era ir primeiro a Maquiné e depois visitar a Rei do Mato na volta, quando já estaríamos mais cansados de rodar e querendo uma pausa.



O acesso as grutas de Maquiné e Rei do Mato é feito pela BR-040, sentido Belo Horizonte - Brasília. Cordisburgo está a cerca de 120km de BH, com mais 5km até Máquiné (nesta estradinha vi um Tucano, foi muito legal). A gruta Rei do Mato está na beira da estrada, mas no sentido Brasília - BH (de BH a gruta Rei do Mato são cerca de 66km). Todo o percurso é asfaltado.
Se possível visite as duas grutas. Na minha opinião os passeios são complementares: A gruta Rei do Mato é mais bonita, mais preservada e tem algumas pinturas rupestres como "brinde", além de ficar mais vazia. A gruta do Maquiné tem salões mais amplos e a parte liberada para acesso de turistas tem três vezes o tamanha liberado da Rei do Mato.

A gruta do Maquiné tem pontos negativos: Uma loja de souvenir praticamente dentro da gruta (não sei quem teve essa idéia errada), mangueiras e caixas de força aparecendo também tiram um pouco do clima do lugar. O serviço de guias da gruta Rei do Mato também é melhor. NÃO COMPREM NA LOJA DENTRO DA GRUTA DO MAQUINÉ. SE INIGUÉM COMPRAR DE REPENTE ELA SE MUDA PARA MAIS LONGE.

As fotos não ficam muito boas lá dentro com máquinas fotográficas comuns, sem recursos como tempo de exposição. Procure fotografar os lugares iluminados sem utilizar o flash. Foi assim que consegui os melhores resultados. Comprar postais nas lojas (do lado de fora) pode ser uma solução.



Para quem se interesse, existe o museu do Guimarães Rosa em Cordisburgo. Eu não visitei, mas não deixa de ser mais uma opção. Informe-se no centro de informações de Cordisburgo, na avenida principal.

Quanto as motos, a viagem foi tranquila, já que boa parte do trecho é duplicado (até Sete Lagoas). A estrada para Cordisburgo é de pista simples, mas o movimento é fraco. Apenas os cerca de 25km de BR-040 não duplicados merecem um pouco mais de atenção.



Para abastecimento, na BR-040 tem vários postos de combustível, e em Cordisburgo também tem um, então não precisa se preocupar. Para quem também pretende ir de Suzuki, em caso de emergências existe uma concessionária em Sete Lagoas, a apenas uns 3 km da gruta Rei do Mato.


Thiago (rulius)

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Parque Estadual da Serra do Brigadeiro / MG


O Parque


O parque estadual da Serra do Brigadeiro (MG), apesar de existir a muitos anos, foi aberto a visitação recentemente, em 2005. Foi criado para proteger um trecho de cerca de 13.000 ha de mata atlântica, juntamente com sua fauna, flora e as diversas nascentes de água do local. Tem vários picos beirando os 2.000 metros de altitude. O maior deles é o pico do Soares, com 1.985 metros.


Como o parque ainda não está completamente estruturado, a escalada dos picos ainda não foi liberada aos visitantes, e o parque conta apenas com um novo e bonito centro de visitantes e biblioteca, além das duas portarias (Portaria 1 – Cidade de Araponga e Portaria 2 – Cidade de Fervedouro). O restante da estrutura é voltado a pesquisadores e pessoal autorizado pelo IEF, entidade que administra o parque. Mas as aparentes desvantagens citadas acima também trazem benefícios: O contato com a natureza é maior, e o parque fica muito tranquilo em fins de semana comuns. Fiquei por mais de uma hora em uma bela cachoeira completamente só, enquanto fotografava e começava a escrever este texto.


O entorno do parque tem vários atrativos interessantes. Boas cachoeiras, escaladas de picos de até 1860 metros de altitude e um belo trecho de floresta. Se as visitas no parque ainda são limitadas, as visitas ao entorno do parque são a solução.


Como chegar





A partir de Belo Horizonte seguir pela BR-040 sentido Rio de Janeiro, entrar no trevo para Itabirito e seguir na rodovia dos bandeirantes até Ponte Nova, depois Viçosa, Canaã e Araponga. Para quem vem do Rio de Janeiro a BR-116 (Rio-Bahia) pode ser utilizada diretamente até Fervedouro, neste caso o caminho mais curto. Detalhe importante: O acesso a portaria 2 (Fervedouro) é dificultado pelo trecho de 36 kms de estradas de terra, contra apenas 6 kms para quem chega por Araponga (portaria 1).





Hospedagem


Miragem Hotel (Miradouro-MG). Está longe do parque (cerca de 60 km) mas fica a margem da BR-116 (Rio-Bahia) e pode ser um interessante ponto de apoio para quem chega a noite e prefere encarar a estrada de terra pela manhã ou que vai vencer o trecho de terra no fim de tarde e deixar para chegar em casa no outro dia. O preço da estadia é baixo. (32) 3753-1216


Pousada Serra D'água (Araponga-MG). Uma boa pousada. Fica a apenas 5 kms da portaria de número 1. Não fica na cidade e sim no entorno do parque. Em seu terreno existem trilhas leves ou pesadas (estas dando acesso aos picos da Serra das Cabeças, acima de 1.800m de altitude e com uma vista de tirar o fôlego). Pequenas cachoeiras também podem ser acessadas a partir da sede. Serve almoço e tem serviço de guias (ambos pagos). Não deixe de se informar com o Sr. Ronaldo, dono da pousada. Ele conhece toda a região e pode fornecer boas dicas. (31) 9965-0565


Na estrada de terra de acesso a portaria 2, a cerca de 10 kms existe um pequeno distrito de Fervedouro chamado Bom Jesus da Madeira. Recebi a informação de que lá também existe uma opção de hospedagem, mas não consegui confirmar esta informação.



A Viagem




Parti de Cataguases (MG) as 06:30hs. Como segui pelo caminho de Viçosa, peguei somente estradas secundárias e muito tranquilas, apenas um pequeno trecho de BR, mas que estava vazia e me permitiu uma melhor média no tempo final de viagem. Levei 03:40hs para percorrer apenas 165 km. Isso porque andei um longo trecho sob neblina (cerca de 90 kms) e nunca tinha passado por estas estradas, tendo de ”maneirar” um pouco mais. Outro detalhe que toma tempo é atravessar as cidades pelo caminho (no meu roteiro: Miraí, Guiricema, São Miguel do Anta e Canaã). O asfalto no início do roteiro não era grande coisa, mas a partir do trevo de Coimbra melhorou bastante, e nos kms finais, entre Viçosa e Araponga o asfalto é novo e a pista tem várias curvas muito boas para se fazer de moto. O melhor trecho de meu roteiro.





Um detalhe: As placas do parque (que começam a aparecer a partir de Viçosa) no começo tem a inscrição “Parque Estadual da Serra do Brigadeiro”. A partir de um certo ponto, vem apenas com a sigla “PESB”. No começo não entendi que eram o mesmo lugar, e tive de perguntar algumas vezes para acertar o caminho. Fique atento.


Para quem chega por Araponga, tanto esta cidade quanto Canaã tem posto de gasolina. Abasteci em Canaã, o posto estava com uma cara muito boa, e ainda tinha uma oficina de motos no fundo.


Na volta optei pelo caminho oposto. Atravessei o parque e saí pela portaria 2, percorrendo os cerca de 36 kms de terra até a BR-116 (Rio-Bahia). Os piores trechos para quem está de moto são os próximos ao parque, mas deu para manter sempre uma velocidade entre 30 e 40 km/h. Depois a estrada fica mais larga e batida, e não causa maiores preocupações. Ao chegar ao asfalto em Fervedouro, mais 115 kms até Cataguases.


Desta vez fui direto com apenas uma parada para abastecer em Miradouro, já que não sabia quanto a minha moto tinha bebido nas minhas “andanças” pela terra. Estava com medo de escurecer e foi o que aconteceu. A partir de Miraí rodei a noite até em casa (30 kms). Fiz a volta em 03:20hs. Total de viagem: 340 kms.



A Moto




A intruder 125cc se comportou bem durante toda a viagem. Claro, quem tem pressa não fica muito satisfeito, mas para quem quer viajar com conforto e apreciando a paisagem ela atende perfeitamente. Como eu saí de apenas 145m de altitude e subi para mais de 1000m, em alguns trechos mais íngremes tive de reduzir bastante, mas deu para superar. A moto acabou sendo muito valente nas estradas de terra, e fiquei muito satisfeito com isso. O consumo ficou na base dos 27 km/l no asfalto e 23km/l na terra, uma média comum para uma moto de 125cc.



Um outro detalhe muito legal é que não se vê moto suzuki nestas cidades pequenas, então uma moto como essa é novidade para quase todo mundo. Quando um funcionário do parque me perguntou quantas cilindradas e eu disse que era 125cc ele quase caiu para trás. Quando falei que ela era mais barata que a titan 150cc ele quase caiu para trás outra vez. Onde eu parava o primeiro assunto era a moto. Além de deixar a gente muito feliz, isso também ajuda na aproximação com outras pessoas, o que é ótimo em qualquer viagem.


sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Cachoeira Grande - Entorno da Serra do Cipó / MG


Cachoeira Grande (110km de BH). Fica no entorno do Parque da Serra do Cipó. A cachoeira é muito bonita e tem um bom poço para banho. Entrar debaixo da queda é moleza, na mais fraca dá para ficar de pé, pois tem uma plataforma a cerca de 1,5m de profundidade que facilita demais.

Achei muito caro o valor de entrada (já que é propriedade particular): R$10 por pessoa. Se um pai de família vai com três filhos e esposa morre em R$50. Mas o lugar é muito bom, e para quem se importa (eu não) tem vestiário, banheiro, restaurante e estacionamento, tudo a uns 100m da cachoeira.

Fomos em três intruder 125cc. A viagem foi sossegada e as motos andaram mais ou menos no mesmo ritmo. Porém uma delas é modelo 2007 (que tem novo carburador) e só não deu pau na minha e na de outro amigo porque a kilometragem ainda está baixa.

Para chegar lá, pegue a saída para Lagoa Santa e depois vá para a serra do cipó (é só a partir de Lagoa Santa seguir sempre a MG-10). Quando passar uma espécie de portal com a inscrição "Você está na Estrada Real" siga até o quebra-mola e logo após (e antes da ponte) pegue a estrada de terra a direita. Não se preocupe, o trecho é curto e fácil.