sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Arte em Ouro Preto


Quem acompanha o Viagem Independente já viu que boa parte das viagens relatadas aqui não tratam dos destinos mais comuns para o “grande publico”. Mas algumas vezes visitamos lugares onde todo mundo já gastou a sola do tênis. É o caso do destino deste post: Ouro Preto. Porém vamos dar um enfoque diferente a este post, ignorando as visitas as igrejas e focando apenas nos ateliês e galerias de arte da cidade.
 
Tela de Milton Passos

Já estive em Ouro Preto algumas vezes, e desta ultima estava por lá para participar do excelente evento literário Fórum das Letras, que estava acompanhando pela segunda vez (para ler uma resenha do evento escrita por mim, clique aqui). Mas como a programação do fórum não ocupa todo o dia, aproveitamos os momentos livres para conhecer um pouco da arte da cidade.

Eu já havia, previamente, feito um levantamento de alguns dos ateliês e galerias de arte da cidade, focando principalmente na região mais central, que pudesse ser visitada a pé. Tenho certeza que deixei ainda boas opções para trás, então peço a todo leitor que conheça ateliês e galerias não citados neste artigo, que comentem a matéria complementando as informações.

Não entendo absolutamente nada de escultura. Elas podem ser encontradas em parte dos estabelecimentos citados abaixo, mas vou focar especialmente nas pinturas, que tenho ao menos alguma noção.

Tela de Benedito
Galeria de Arte Relicário 1800 – Pode ser o ponto de partida do passeio, já que fica na Praça Tiradentes. É uma excelente galeria, a única com um ar mais profissional. Tem mais de cem telas expostas, a maioria de incontestável qualidade. O foco principal é a paisagem mineira. Você encontrará telas de vários artistas renomados, como Benedito Luizi, Wilson Vicente, Rubens Vargas, Cláudio Vinicius, entre outros. Além da paisagem é possível encontrar algumas telas abstratas ou de paisagens marinhas. O casario de Ouro Preto é retratado em parte das telas. A senhora Firmina, proprietária, me recebeu muito bem, batemos um bom papo por lá. Posso dizer que ela conhece muito e enriquece demais a visita. Seria capaz de passar toda a tarde em sua galeria batendo papo com ela. Mas tome cuidado se você não tem a intenção de comprar nada: a grande maioria das telas da galeria é de alto nível, e a dona Firmina é uma negociante que não perde um cliente com facilidade. Eu não pude deixar de sair com um quadro, e só não levei um segundo por falta de recursos, mas até hoje estou com uma tela do Benedito Luizi na cabeça. Classificação: imperdível. Praça Tiradentes, 114 – segundo andar – Tel. 3552-2536.

Galeria Casa de Artes – Lugar grande, com muitas obras expostas. Especializada em obras dos artistas da cidade ou arredores. Tem obras de vários estilos e para todos os bolsos. O atendimento é simpático, e o proprietário desde o início dá abertura para negociação de preços das obras. Não cheguei a progredir com nenhuma negociação, mas recordo ter gostado bastante das telas do artista Anderson Braga. Diferentemente da galeria Relicário 1800, aqui a maioria das telas não estão emolduradas, o que pode ser considerado em uma eventual comparação de valores das obras. O único ponto negativo é que parte das instalações são mal iluminadas, o que atrapalha a avaliação das telas. Classificação: Muito bom. Localização: Em frente a igreja São Francisco de Assis e logo abaixo da feirinha de pedra sabão.

Galeria de Arte do Marcelo – Infelizmente não sei o nome desta galeria, me esqueci de anotar e o Marcelo, que acabou de inaugurá-la, ainda não tinha cartões de visita. Em comparação com as galerias anteriores, esta galeria é bem mais modesta, com um numero bastante limitado de obras expostas. Apesar disso, o Marcelo tenta compensar com um excelente atendimento, sem fazer nenhuma pressão em relação a vendas. No caso das pinturas, os artistas com maior número de obras são o Edésio, de Mariana, com suas telas retratando Ouro Preto e arredores (geralmente em cenas com tempo fechado ou chuvoso – são telas muito bacanas) e a Zelli, que é parente dele. Os quadros dela são de paisagem, mas pintados de uma maneira menos realista. São bacanas e exclusivos desta galeria. Como a Zelli é parente do Marcelo, é possível que ele consiga flexibilizar um pouco mais os preços destas obras. A galeria tem também algumas esculturas e peças sacras. Classificação: Bom. O Marcelo compensa o ainda pequeno acervo com um atendimento de primeira. Localização: Rua da Conceição (continuação da rua do Aleijadinho), esquina com rua Felipe dos Santos. Melhor forma de chegar: Descer a rua São Francisco, conhecendo seus pequenos ateliês, e atravessar o beco em frente ao ateliê Entalhes e Pinturas. Saindo do beco estará de frente a galeria do Marcelo.

Ateliê Milton Passos – Quase de frente a igreja do Rosário, não está no centro da cidade, mas não fica longe (menos de 1km) e acreditem, após sair da rua direita, o trecho é praticamente plano. Todos os quadros que vi do Milton Passos retratam Ouro Preto, tanto em dias de sol quanto nos dias nublados e escuros. São belos quadros, que certamente vão agradar a quem quer levar uma imagem de Ouro Preto para casa. Classificação: Bom.

Ateliê Elias Layon – Fica entre a igreja do Rosário e o centro, na rua Getulio Vargas, muito próximo ao ateliê do Milton Passos. Infelizmente o ateliê estava fechado quando passei por lá. Ele funciona aos sábados, mas neste dia eles não puderam abrir (perguntei ao proprietário da loja em frente, que ligou para o pessoal do ateliê – ou o próprio artista, não sei – no ato). O tipo de pintura do Elias não é o que aprecio mais, mas foi uma pena não ter tido a chance de conhecer seu ateliê.

Ateliês da rua São Francisco – Muito próximos da praça Tiradentes, mas a rua são Francisco é uma ladeira razoável, então os menos preparados podem se cansar um pouco. São três ateliês, um logo no inicio da rua (topo do morro) e outros dois durante a descida (Edu Atelier e Entalhes e pinturas). Sinceramente não são muito atrativos, mas como são caminho para a galeria do Marcelo podem valer a pena. O melhor dos três e que vale a visita é o Entalhes e Pinturas, com algumas belas telas do Edésio de Mariana. Classificação: Regular.

Estes foram os ateliês e galerias que visitei. Claro, existem muitos outros. O próprio artista Anderson Braga, pelo que vi na internet, tem um ateliê no centro, e existem outros nos bairros vizinhos, e até um na rua Padre Rolim, por onde chegamos a cidade (quem vem de BH). É possível encontrar quadros a venda também expostos em hotéis, como acontece no saguão do hotel Solar da Ópera na rua Direita (atual Conde de Bobadela), onde vi um quadro maravilhoso do Wilson Vicente.

Espero que estes endereços sirvam pelo menos como um começo para quem vai buscar arte em Ouro Preto. Perguntando nestes lugares, certamente é possível encontrar muito mais.

Galeria Relicário 1800: www.relicario1800.art.br
Galeria Casa de Artes: www.casadeartesouropreto.com

Abraços,
Thiago Rulius

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ushuaia - Parque Nacional Tierra del Fuego


      Era o nosso ultimo dia completo de viagem. Apesar do dia feio, com chuva leve, partimos para o parque nacional Tierra Del Fuego, pois era isso ou deixar de conhecê-lo. Pegamos o transporte regular no mesmo local onde o ônibus nos deixou quando chegamos a Ushuaia. Na parte da manhã as partidas eram de hora em hora, e a volta as 13:00, 15:00 ou 17:00. Preço AR$85, para ida e volta. Seguimos na van das 10:00.


      Após um curto trajeto (o parque está próximo a cidade), paramos na portaria para ganhar um mapa e pagar a entrada (AR$60 para MERCOSUL). Seguimos de van até o inicio da senda costera, que beira o canal, onde começaríamos nossa caminhada.





      A trilha (senda costera) tem 8km, e só não pode ser considerada mais fácil devido a umidade elevada, que faz com que o caminho seja muito enlameado e algumas vezes escorregadio. O tempo para percorrê-lo é de 3 a 4 horas, sem pressa. É bastante bonito, com vista para as montanhas e o mar, com algumas praias surgindo no caminho. Na maior parte do tempo, o vento não incomoda. Existem alguns trechos gramados legais para descansar, com vista para a Bahia. O motorista da van nos avisou que poderíamos ver o zorro colorado, uma espécie de raposa, mas não tivemos essa sorte. No início da tarde já havíamos concluído a trilha.
      Fizemos um lanche rápido no centro de visitantes Alakush, onde funciona um mini museu do parque, e seguimos em direção as trilhas mais curtas do setor lapataia, já que lá, no fim da ruta 3 (que vem desde Buenos Aires) pegaríamos nosso transporte de retorno as 17:00. Estas trilhas (6 no total) são todas curtas, tendo apenas 1,5km a mais longa delas. Duas destas trilhas são atalhos para se chegar a baía lapataia, substituindo com vantagens a estrada, para quem está a pé. O mirante laguna verde também vale a pena, até porque está a poucos metros da estrada. As áreas de camping do setor lapataia, a beira da estrada, são bonitas, tem banheiros e não cobram (o único camping pago é o lago roca). Para quem pretende explorar bastante o parque, dormir uma noite por lá seria uma boa idéia, ou talvez duas, ficando uma noite no setor lapataia ou lago roca, e a outra nos campings mais próximos a portaria, para explorar as trilhas daquele setor.
      No fim de todo o passeio, enquanto aguardávamos a van das 17:00 para retornar a Ushuaia, sob frio intenso, exploramos as passarelas ao fim da ruta 3, com bonita vista da baía. A van demorou uma eternidade, mas finalmente apareceu e voltamos tranqüilos.




     A noite, fizemos nosso jantar de despedida no Bodegon Fueguino, onde havíamos jantado na primeira noite. Desta vez o restaurante estava vazio, e o abadejo com molho roquefort não estava tão gostoso como da outra vez.

Abraços
Thiago Rulius

Ushuaia - Passeio de barco


     Chegamos as 09:40 ao guichê no porto para o passeio de barco que sairia as 10:00 (havia opção também para o período da tarde). O pessoal que contratou o passeio foi chegando, e na hora da partida já haviam cerca de 15 pessoas. Pensei que o barco seguiria superlotado (pois disseram no dia anterior que seriam no máximo 10 ou 12 pessoas), mas dividiram o pessoal nos dois barcos, ficando o nosso com nove turistas (incluindo a gente) mais o capitão e o guia. Pagamos a taxa do porto e começamos o passeio com uns quinze minutos de atraso.
      OBS: Há uma placa com os dizeres “Ushuaia – Fin del Mundo” ali ao lado, onde sacamos algumas fotos legais.

      Como o mar de Ushuaia é apenas um canal, suas águas estavam bastante calmas, e permaneceram assim por todo o passeio. O vento também não era muito forte, assim podíamos ficar na área descoberta do iate numa boa. A equipe do barco (capitão e guia) eram muito cordiais e gente boa. Quanto a alimentação, durante as cerca de 03:30 de passeio nos ofereceram alfajores e cerveja artesanal. Para quem pedisse, havia café disponível.
      A primeira parada foi em uma ilhota repleta de cormorões (uma ave muito semelhante ao pingüim) e de leões marinhos de um pêlo, que segundo um guia (livro) da fauna da região atingem 350kg (machos) e 150kg (fêmeas). Como o barco é pequeno, foi possível aproximar muito da ilha para observar os animais. Bacana demais.
      Depois seguimos para a ilha do farol Les Eclaireurs. Nada demais, apenas um ponto para sacar fotos. Já voltando, passamos por uma ilha onde se encontravam os leões marinhos de dois pêlos, que só se encontram ali nesta época do ano e são bem menores que os leões de um pêlo, chegando “apenas” aos 150kg (machos) e 60kg (fêmeas). Mas eles tem uma característica que lhes deixam muito mais atrativos: como os golfinhos, eles seguem e nadam próximos ao barco, saltando de tempo em tempo. Alguns fizeram isso quando partimos, e foi sensacional! Os poucos minutos que passamos observando o comportamento destes animais também foi muito massa.
      OBS: na ida vimos uma ilha com vários ninhos de Cormorões, parecendo pequenos vulcões.




    Depois (e por ultimo), caminhamos um pouco nas ilhas Bridges. Não há nada para ver, e o sítio arqueológico que nos apresentam não passa de um buraco. Porém, a explicação do guia sobre os índios Yamana, nativos da região e que utilizavam aquela ilha como casa de passagem, é muito interessante e enriquece a parada (para aqueles que se interessam por este assunto). Estes índios viviam da caça dos leões marinhos, e navegavam entre as ilhas em pequenas jangadas. E viviam pelados naquele frio!
      Saindo da ilha, os caras do barco retiraram uma armadilha do mar, onde havia uma centolla capturada. Pudemos dar uma boa olhada no bicho que comeríamos mais tarde, uma espécie de caranguejo gigante espinhento.
      Seguimos de volta a Ushuaia, degustando uma cerveja artesanal servida no barco, e tirando boas fotos com uma bela vista da cidade, agora banhada de sol.
     A noite, seguimos para o escondido restaurante de pescados Chiko, indicado pelo pessoal do barco. Olhando da rua, a única coisa que se vê é a escadaria de acesso, já que o restaurante fica em um andar superior. O que o faz ser escondido é o fato de não ficar na movimentada Av. San Martin, e sim na calle Antartida Argentina, próxima ao presídio.
     Gostamos muito deste restaurante. Tinha um bom preço (um pouco mais barato que os restaurantes tabelados da Av. San Martin). Além disso oferecia três ou quatro pratos a base de contolla, o tal caranguejo gigante que vimos mais cedo, além de pratos de peixe e frutos do mar. Recomendo muito que vão a este restaurante ao menos para provar as empanadas (fritas) de marisco, deliciosas. É um bom lugar para tomar vinho também. O vinho da casa saía a apenas AR$30 a garrafa.

Abraços
Thiago Rulius

Ushuaia

Chegada (de ônibus) e primeira noite



      Após um cochilo no hostel que estávamos, seguimos para a rodoviária de El Calafate, de onde o ônibus partiria as 03:00 para Rio Gallegos, onde faríamos uma baldeação e seguiríamos então para Ushuaia. Desembarcamos as 07:30 em Rio Gallegos e comemos boas medialunas na deprimente rodoviária da cidade antes de embarcar novamente, as 08:30, em um ônibus bem inferior ao anterior.
      Quando partimos novamente nos serviram um café da manhã muito ruim no ônibus, dois biscoitos com goiabada e outro biscoito com passas, que não comemos aquela hora. Pouco depois, ainda em Rio Gallegos, o motorista encostou, foi até o fundo do ônibus e começou a encher vários copos de café, saindo depois com uma bandeja e servindo a todos! Ficamos uns dez minutos parados tomando café. Vai entender.
    Seguimos viagem e finalmente saímos de Rio Gallegos. Ao chegar a fronteira chilena encostaram o ônibus, e um ajudante do motorista recolheu os documentos de todos e foi resolver os trâmites na aduana (só não entendi porque esse infeliz também não serviu o café?). Após mais de uma hora de espera, tivemos de ir até lá do mesmo jeito. Quando fomos, a polícia chilena aproveitou para vasculhar o ônibus com um cão farejador.
    Assim que passamos a aduana, o motorista ligou o som do ônibus, altíssimo, que tocava musicas internacionais antigas (poucas) intercaladas com musicas argentinas horríveis. Estas pareciam uma mistura de Calypso, Amado Batista e Sérgio Malandro, cantadas (claro) em espanhol. Um sofrimento que duraria horas. Minha esposa pediu várias vezes que abaixassem o som, o que faziam mas logo aumentavam de novo. Em um determinado momento, não abaixaram mais. Só nos restou ficar procurando guanacos (parentes da lhama) e ñandus (emas) a beira da estrada. Ñandus e flamingos vimos somente uma ou duas vezes, enquanto os guanacos, felizmente, apareceram com certa freqüência.
      Após a travessia do canal de beagle (onde aproveitamos para comer ponchos a AR$12 ou CH$1000 na balsa) seguimos viagem. As travessias de fronteira foram um pouco mais fáceis para sair do Chile e entrar na Argentina. Chegamos a Rio Grande, onde a maioria dos passageiros desceu. Vi que colocaram nossas mochilas para fora e fui para lá recolocá-las no ônibus, quando descobri que aquele ônibus não passaria dali, tínhamos de trocar de ônibus. Voltamos para dentro para pegar nossa bagagem de mão e avisamos a uma gringa que estava lá dentro. Ela ficou meio assustada, não estava entendendo nada, mas nos seguiu, e embarcamos em outro ônibus ainda pior! A viagem seguiu na mesma até bem próximo a Ushuaia, onde finalmente surgiram montanhas nevadas, em um visual muito bonito.
      Chegando a Ushuaia, o ônibus nos deixou em uma calçada a beira do canal de Beagle, sob uma fina garoa. Parecíamos abandonados no meio de lugar nenhum. Haviam duas pessoas com folders oferecendo habitações. Escolhemos o hostel que oferecia quarto de casal. Eles se ofereciam para pagar o taxi, mas como não passava nenhum seguimos a pé. No caminho conhecemos o hostel Haush, mas seguimos até o outro. Não gostamos muito e voltamos ao Haush, ficando a uma quadra da Av. San Martin, a principal rua e centro comercial da cidade, similar a calle Mitre em Bariloche.
      Fechamos o dia jantando no restaurante Bodegon Fueguino. Eu comi um gostoso cordeiro assado com fritas e minha esposa um abadejo ao molho roquefort com purê de abóboras (muito bom). Vinho San Telmo malbec a AR$40.

Informações turísticas e compras

    Tiramos o dia seguinte para nos estruturar para os passeios dos próximos dias: sacar dinheiro, ver horários dos ônibus para o parque nacional Tierra Del Fuego e contratar o passeio de barco, seguindo a dica dos brasileiros que conhecemos no ônibus para o parque Torres Del Paine. Depois veríamos as lojas da Avenida San Martin.

      Para facilitar todo o trabalho, seguimos primeiro até o guichê de informações turísticas junto ao porto, onde conseguimos um mapa da cidade, além da indicação dos locais para sacar dinheiro e informações sobre os passeios que iríamos fazer, em português.
     Sacar dinheiro foi a tarefa mais difícil. As filas dos caixas rápidos dos bancos eram enormes, algumas vezes saindo rua afora por vários metros.
      Caminhamos por quase toda a Avenida San Martin, vendo roupas e outros artigos para venda, ignorando apenas as lojas do tipo free-shop de aeroporto, onde sabíamos que não encontraríamos nada de nosso interesse. Para quem quer comprar equipamentos para mochilar, existem lojas da Columbia, Montagne, The North Face e Salomon, entre outras. Lojas de lembranças e bugigangas estão espalhadas por todas as quadras, além de algumas poucas chocolaterias e livrarias.
      Contratamos o passeio de barco recomendado pelos brasileiros que conhecemos, na empresa citada por eles, que administra os barcos Tango e Che. Os quiosques que vendem estes passeios estão logo atrás do guichê de informações turísticas, e o ingresso pode ser comprado na primeira cabana a direita, por AR$250 por pessoa. Com um pequeno chororô conseguimos baixar para AR$225, 10% de desconto. No dia seguinte teríamos de pagar mais AR$7 por pessoa, como uma espécie de “taxa de embarque” do porto.
      Para fechar o dia fizemos compras para preparar o jantar no hostel: macarrão, salsicha, cebola, água, vinho, doce de leite e queijo (para comer com pão) e pão. Os vinhos nacionais (no caso, argentinos) estavam muito baratos, decidimos comprar alguns no ultimo dia para levar para o Brasil nas mochilas, além de alguns doces de leite La Salamandra.

Abraços
Thiago Rulius

terça-feira, 1 de maio de 2012

El Chalten - Miradores Próximos



      Quando acordei e olhei pela janela não acreditei: o tempo estava perfeito, céu azul sem uma nuvem sequer. Era o melhor dia em relação ao tempo na nossa curta permanência em El Chalten. Não saímos cedo do El Rincon, era o dia da partida e não teríamos tempo de ir muito longe.
      Ao sairmos do residencial, lá estava o Fitz Roy, visível do centro da cidade e se destacando contra o céu azul, sem nuvens. Lá estavam também o cerro Torre, Poincenot e todos os outros.
      Tiramos algumas fotos no portal da cidade, e fomos conhecer os miradores Los Condores e Las Aguilas, os mais próximos a cidade. Parte da trilha para estes miradores é a mesma, que começa do posto de informações turísticas de El Chalten.



     Com cerca de quarenta minutos de caminhada é possível chegar ao mirador los Condores, no alto do morro exatamente atrás do posto de informações turísticas. A vista das montanhas é excelente, assim como da cidade. Tiramos várias ótimas fotos, o tempo excelente. Um condor ficou sobrevoando o mirador durante todo o tempo.
      O mirador las Aguillas é um pouco mais distante e muito inferior ao los Condores, pois fica virado para a estrada e “de costas” para a cidade.
      Após o passeio almoçamos no restaurante el Muro. Minha esposa comeu um bife de Chorizo, que ela havia recusado no dia anterior (sexta-feira santa) e já sentia saudades. Eu comi outras carnes preparadas na Parrilla: Chorizo (lingüiça) e Morcilla (Chouriço), custaram AR$12 cada, bem em conta.



     Um pouco mais tarde partíamos de El Chalten, felizes pelo ultimo dia de sol e tristes por não ter conseguido um dia como este nas nossas caminhadas mais longas, em direção ao Fitz Roy e cerro Torre.
      El Chalten merecia um pouco mais de tempo, sem duvida, para a laguna Del Desierto ou Loma Del Pliegue Tumbado. A cidade, minúscula, foi a mais agradável até então, apesar do frio intenso dos primeiros dias (o ultimo dia, com sol pleno, foi mais fresco, e usei apenas camiseta durante a caminhada).

Abraços
Thiago Rulius

El Chalten - Trilha para Cerro Torre


      Já chovia quando acordamos. Era o nosso ultimo dia completo em El Chalten e foi triste ver que ele não começava tão bem quanto o dia anterior havia terminado.
      A trilha do cerro Torre começa mais próxima do “centro” da cidade, e logo estávamos caminhando. Quase não batemos fotos, com o dia tão feio. Quando alcançamos o primeiro mirador (ou mirante), não era possível ver absolutamente nada. Porém, como já tínhamos andado mais de uma hora e com a experiência de mudança de tempo do dia anterior ainda fresca em nossa memória, seguimos em frente, rumo ao campamento De Agostini e o segundo mirador, junto ao Glaciar Grande. Caminhamos então um fácil (porém longo) trecho até este acampamento, e tive dele a mesma impressão dos campings laguna Capri e Poincenot: são lugares com estrutura mínima, com água disponível nos rios ou lagos dos arredores e um banheiro do tipo químico, com um buraco no lugar do vaso para você fazer suas necessidades. Se você esteve em Torres Del Paine e não gostou da estrutura do campamento Italiano, certamente vai gostar menos ainda destes três.

     No campamento De Agostini (que fica logo após uma bifurcação da trilha), fizemos o nosso lanche rapidamente, sentados no tronco de uma árvore tombada, ainda debaixo de chuva. Vi um casal desmontando acampamento e lembrei o que havíamos passado no campamento Italiano dias atrás.
     Voltamos à última encruzilhada da trilha e seguimos para o outro lado, saindo no mirador do Glaciar Grande. O tempo estava ainda pior, e nada do cerro Torre. Era como se ele não existisse. Ninguém estava passando dali, e nós também não seguimos adiante, voltando para el Chalten na chuva, eu desanimado por não ter completado nenhuma das duas trilhas que fizemos na cidade.
      Era nossa ultima noite em El Chalten, e jantamos mais uma vez no restaurante Pangea. Eu, um bife de Chorizo. Minha esposa, uma truta (era sexta-feira da paixão).

Abraços
Thiago Rulius

El Chalten - Trilha para Fitz Roy



      Acordamos as 08:00 para nos preparar para a subida para o Fitz Roy (laguna de los três). Após um fraco café da manhã, passamos no mercado e compramos queijo e presunto para fazer sanduíches, que levamos para comer na trilha. Eram cerca de 09:00, e além de nevando, estava um frio de rachar, a temperatura mais baixa em toda a viagem até o momento. Estava usando toda a roupa que levava para a trilha (camisa dry-fit + fleece + anorak + luvas). Depois ainda coloquei a touca.
      No final da Avenida San Martin começamos a trilha para os miradores do Fitz Roy. Pouco depois o sol apareceu, e apesar de continuar nevando o calor aumentou. Eu fui tirando as camadas de roupa e cerca de meia hora depois, apesar da neve insistir em cair, estava apenas de camiseta. Continuamos em uma trilha sempre leve, até o mirador Fitz Roy (o primeiro da trilha), onde não conseguimos ver absolutamente nada devido ao tempo. Voltamos dez minutos até a última encruzilhada para passar pela laguna Capri e seu acampamento (gratuito, mas sem estrutura). Nas fotos que tinha visto do lugar, ele me parecia mais bonito.
     Seguimos mais um pouco, passando pela praia da laguna Capri. Em um determinado momento paramos, pensando se deveríamos continuar ou não, visto que a visibilidade das montanhas era baixíssima. Nesta hora, enquanto consultávamos nosso mapa em busca de outras atrações, passou por nós um guarda-parque. Disse a ele que parecia que não veríamos naquele dia o Fitz Roy (o que ele confirmou), e que estava em duvida se seguia até o Glaciar Piedras Blancas ou voltaria e visitava o mirador los Condores, na entrada da cidade. Ele disse que ambas eram boas opções, mas que o Glaciar Piedras Blancas era melhor, pois já estávamos ali e a trilha era plana para frente. Além do mais, de que adiantaria ir ao mirador los Condores com aquela visibilidade?
    Seguimos o conselho do guarda-parque e fomos em frente. Algum tempo depois estávamos na bifurcação campamento Poincenot / mirador Piedras Blancas. Neste momento o Fitz Roy se encontrava parcialmente visível. Decidimos seguir ao mirador Piedras Blancas e, na volta, se o tempo melhorasse ainda mais, subiríamos até o ultimo mirador, na laguna de los três.


      Caminhamos cerca de meia hora em direção ao mirador Piedras Blancas, sacamos algumas fotos da trilha. Quando ela começou a se afastar decidimos voltar a bifurcação. O Fitz Roy continuava do mesmo jeito, parcialmente encoberto. Fizemos um lanche, seguimos ao campamento Poincenot e nada, nenhuma mudança. Então finalmente decidimos voltar sem tentar a sorte na laguna de los três.
      Após ter regressado cerca de uma hora o céu ficou um pouco mais limpo e o Fitz Roy apareceu inteiro! Lamentei a nossa falta de fé. Teria chegado ao topo (laguna de los três) pouco depois do tempo abrir.
      Continuamos voltando (agora sem neve) até o primeiro mirador e o visual havia mudado totalmente. O Fitz Roy estava visível e fizemos algumas fotos de consolação antes de retornar a El Chalten.


     No fim da trilha visitamos a panaderia los Salteños (primeira edificação para quem volta a cidade) e compramos empanadas (AR$4) e medialunas (AR$2) para o lanche da tarde e café da manhã no dia seguinte (total: AR$24).
      A noite, após um banho e um cochilo jantamos no restaurante La Tapera.

      La Tapera – Preços (total AR$220):
·         Bifes de Chorizo + acompanhamento> AR$72 (por pessoa)
·         Vinho: AR$64
·         Água: AR$12

      Lição do dia: O tempo pode mudar a qualquer hora. Leve todos os agasalhos que possa precisar e não desista das trilhas.

Abraços
Thiago Rulius

El Chalten

A Cidade

      
      El Chalten é considerada por muitos a capital argentina do trekking. Não sei se este título é oficial, mas independente de ser verdade ou mentira, a cidade de 500 habitantes (segundo um guia de viagem de 2008) merece a fama.
      A forma mais simples de chegar a El Chalten é a partir de El Calafate, onde existem ônibus diários, em três horários diferentes (manhã, tarde e fim de tarde). Foi assim que fizemos, pegando o ônibus da tarde e chegando a cidade após cerca de três horas de viagem, com o dia ainda claro.



      Ao chegar a cidade, os ônibus fazem uma parada no posto de informações turísticas da cidade, onde os turistas recebem orientações relacionadas ao parque nacional Los Glaciares (o mesmo parque onde está o Glaciar Perito Moreno, ao sul) e um mapa com todos as trilhas da região. Também fornecem dicas dos passeios, como fazer caso se encontre um puma na trilha, além de recomendações para preservar a fauna e flora local.
      Após a apresentação, fomos deixados na recém construída rodoviária de El Chalten, próxima ao portal de entrada da cidade, de onde partimos a procura de alojamento. É possível conseguir lugar em dormitórios mais simples na cidade por AR$40 (hostel Marconi) ou AR$45 (La Nativa). No nosso caso, queríamos alguma privacidade depois de todos os dias no parque Torres Del Paine e reservamos um quarto para casal no residencial Mi Rincon (pagando caros AR$220 pela diária).
      Caminhamos um pouco pela cidade, que é pequena, plana e muito agradável, com alguns restaurantes bem transados. Jantamos no restaurante Pangea, e comemos um delicioso bife de chorizo acompanhado de salada e purê gratinado (muito bom!). Mesmo não ventando tanto, o frio desta primeira noite foi de rachar (chegando a nevar)!

Custos
  • Ônibus Calafate / El Chalten: AR$180 (ida e volta por pessoa – volta em aberto)
  • Restaurante Pangea: AR$212 (vinho AR80, água AR$12, bife chorizo AR$55, purê gratinado AR$30, salada AR$35).
  • Supermercado El Chalten: AR$26 (água 2L AR$6, chá AR$6, salsicha c/6 AR$10, queijo e presunto AR$8, pães de sal c/7 AR$6).
Abraços
Thiago Rulius

Torres del Paine - Circuito W - Parte 2

Terceiro dia: Campamento Italiano - Refúgio Las Torres


      Havíamos colocado os relógios para despertar, pois queríamos acordar cedo, desmontar acampamento e partir com as cargueiras para chegar ao campamento las torres. Assim, foi decepcionante acordar e ver que chovia.
      Ficamos mais uma hora na cama e decidimos tomar café para adiantar as coisas caso a chuva parasse. A chuva amainou um pouco e juntamos tudo e partimos, mas somente saímos as 12:00. Começamos bem, com rendimento razoável, e só fizemos uma parada mais longa a beira do lado Nordenskjold, para descansar o corpo. Seguimos em frente chegando ao campamento los Cuernos as 14:20. O problema era que estava muito cedo para parar e tarde para seguir até o campamento las torres e montar barraca. Apesar de termos gostado do los Cuernos (locais reservados para barracas e banhos de água quente), queríamos seguir adiante. Tive a idéia de dormirmos no refúgio torres, pois assim se chegássemos tarde não teríamos de montar acampamento nem desmontá-lo na volta do passeio no dia seguinte. Então combinamos que, se fosse possível reservar o refúgio las Torres a partir do los Cuernos seguiríamos caminhando imediatamente para lá. Se não fosse possível acamparíamos no los Cuernos (o refúgio e camping chileno haviam fechado no dia anterior). Falamos com o atendente e ele conseguiu a reserva, então seguimos com as cargueiras por mais cerca de 13km.


      Este trecho foi interminável, muito cansativo devido ao peso. A barraca amarrada sob a mochila desestabilizava-a e deixava-a muito pesada. Chegamos (eu me arrastando) as refúgio quase as 20:00, esgotado. Finalmente tomamos um banho, após 3 dias. Procuramos lugar para cozinhar e só havia uma mesa do lado de fora do refúgio, no frio, com vento e sem luz. A outra opção era seguir até o camping, onde poderíamos cozinhar mais bem instalados, segundo nos disseram (revoltante!). Não encontramos a lanterna e acabamos comendo uma porção e tomando um vinho (muito barato) no próprio refúgio. Foi uma noite ótima para recuperar as energias para o ultimo dia.

Preços:
·         Refugio las Torres: CH$23.000 (por pessoa)
·         Porção (boi, frango, salsicha, picles, tomate, abacate, cebola) + molhos: CH$7.500
·         Vinho chileno: CH$6.000
·         Água: CH$500

OBS: O Refúgio fica cerca de 2km fora do circuito W. Acrescente esta distância ao calcular o tempo e a pernada Cuernos / Las Torres ou mirador Las Torres / refúgio Las Torres.

Quarto dia: Refúgio Las Torres - Mirador Las Torres - Puerto Natales


      O plano de dormir no refúgio deu certo e as 08:40, pouco depois do amanhecer, saíamos para a trilha que leva ao mirador las Torres, ultima perna do circuito W. Tomamos um café da manhã improvisado na trilha, logo após a ponte pênsil, bebendo água do rio. Como não havia modo de fazer algo quente no refúgio, apenas improvisamos algo por ali. O tempo estava feio e caía uma chuva fina, dando a impressão de que não conseguiríamos ver as torres del paine no fim da trilha. Continuamos o caminho por uma longa subida (esta trilha é a mais pesada de todo o circuito W), quando finalmente passamos a descer em direção ao refugio e camping chileno, sob ventos muito fortes e até mesmo perigosos. Neste trecho os bastões foram bastante úteis, mas deve-se considerar também quantos levar. Para mim, um único bastão é suficiente. Minha esposa gostou de usar dois, para dar também equilíbrio.
      Após passar o refúgio chileno a trilha se torna mais suave por algum tempo, passando por bosques, pontes e veios d’água. Após este trecho, a trilha se divide: pode-se seguir ao campamento torres ou subir direto ao mirador, em um trecho longo e bastante inclinado. Subimos, sob chuva e fortes ventos. A subida não rende e demoramos bastante para alcançar o topo. Finalmente chegamos, sob um frio congelante, e conseguimos ver as torres, apesar de enevoadas. Batemos várias fotos, inclusive de outras pessoas (e eles de nós) e após vinte minutos iniciamos a descida. Estávamos congelando.
      O trecho de ida foi feito em 03:40 desde o refúgio, então sabíamos que a volta seria mais rápida. Imprimimos um bom ritmo, e fizemos apenas uma parada mais longa para lanche. Pretendíamos pegar o transporte do refúgio para laguna amarga as 16:00, sem ter de esperar o ultimo transporte do refugio, as 19:30.
      Quando chegávamos ao refugio as 16:00 em ponto, vi o transporte se aproximar e fiz sinal. Pedi que nos esperassem por dois minutos para buscarmos as mochilas. Eles esperaram e fomos para laguna amarga as 16:00 (preço do ônibus refugio – laguna amarga: CH$2.500 por pessoa). Cerca de 15 minutos e já estávamos lá. Fui até a recepção do parque e me disseram não haver mais ônibus a tarde para Puerto Natales desde 01/04, agora somente as 08:00 da manhã. Por sorte, havia uma van de excursão ali e fomos com eles pagando os mesmos CH$7.000 do ônibus. O motorista nos avisou que nos deixaria em uma cafeteria ao lado da fronteira (aduana chilena) e atravessaria ao outro lado para levar parte dos turistas que seguiriam depois em outro veículo para El Calafate. Ficamos desconfiados mas aceitamos, por falta de opção.
      A van partiu e lá estavam os guanacos, as dezenas, a beira da estrada. Desta vez vimos também algumas emas (chamadas de ñandu por lá) passeando por ali. Uma pena que não tenhamos encontrado estes animais durante nossos dias de trekking. O único animal que podemos notar durante o W foi o que arrombou nosso lixo durante a noite no campamento italiano.
      Descemos da van em um café junto a fronteira e ficamos esperando o retorno da van. Nós, alguns poucos idosos e um chileno metido a bonitão, mas que além de feio demais era o cara mais barango que já vi. O tempo foi passando e nada do sujeito voltar com a van. E o pior, as cargueiras ficaram com ele (burrada minha), tínhamos apenas as identidades, dinheiro e roupas de frio para uso imediato conosco, em nossas bagagens de mão.
      Finalmente, após cerca de uma hora o sujeito reaparece em outro carro com nossas mochilas e seguimos viagem, aliviados. Eles nos deixaram em frente ao hostel Patagônia Adventure, na plaza de Puerto Natales. A agência desse pessoal era a Always Glaciares.
      De volta ao albergue, registramos entrada e ficamos em uma habitação matrimonial (com cama de casal), além de calefação por CH$20.000 (contra CH$16.000 das duas camas em quarto compartido), devolvemos os bastões e compramos ali mesmo as passagens para El Calafate na manhã seguinte. Gostamos desse hostel, tem boas camas e oferece muitos serviços, permitindo economia de tempo de viagem. Enquanto minha esposa tomava banho, devolvi a barraca na loja Teresa, que tem ótimos preços e aceitou a CNH como garantia da barraca (não deixe a identidade como garantia, pois precisará dela para se registrar nos refúgios e para entrar no TDP). Eles nem mesmo olharam se a barraca estava ok, e cobraram somente as noites, e não os dias. Detalhe: São bem mais baratos que a casa Cecília, recomendada por vários mochileiros.
      Tudo resolvido, tomei um bom banho quente e saímos para comer um hambúrguer. Comemos a apenas uma quadra de onde estávamos, na lanchonete Masay, uma hamburguesa completa (e pedimos para incluir ovo, que não fazia parte do sanduba). O sanduíche era enorme, com um pão diferente dos nossos, e no recheio, além dos tradicionais carne, queijo, alface, tomate e presunto havia também abacate. Muito bom.
      Fomos dormir felizes com a conclusão da etapa chilena da viagem. Deu tudo certo.

Preços
·         Transporte refúgio Las Torres / Laguna Amarga: CH$2.500
·         Van TDP / Puerto Natales: CH$7.000
·         Barraca Doite Pro Teide 2: CH$14.000 (CH$3.500 por noite)
·         Bastões (2 pares): CH$20.000 (CH$2.000 a diária do par)
·         Hostel Patagonia Adventure (quarto casal): CH$20.000
·         Ônibus Pacheco Puerto Natales / El Calafate: CH$12.000
Preços lanchonete Masay
·         Hamburguesa Completa (gigante): CH$5.150
·         Acréscimo Ovo: CH$600
·         Coca cola 290ml: CH$1.000
·         Suco: CH$1.000

Abraços
Thiago Rulius