Já
chovia quando acordamos. Era o nosso ultimo dia completo em El Chalten e foi
triste ver que ele não começava tão bem quanto o dia anterior havia terminado.
A
trilha do cerro Torre começa mais próxima do “centro” da cidade, e logo
estávamos caminhando. Quase não batemos fotos, com o dia tão feio. Quando
alcançamos o primeiro mirador (ou mirante), não era possível ver absolutamente
nada. Porém, como já tínhamos andado mais de uma hora e com a experiência de
mudança de tempo do dia anterior ainda fresca em nossa memória, seguimos em
frente, rumo ao campamento De Agostini e o segundo mirador, junto ao Glaciar
Grande. Caminhamos então um fácil (porém longo) trecho até este acampamento, e
tive dele a mesma impressão dos campings laguna Capri e Poincenot: são lugares
com estrutura mínima, com água disponível nos rios ou lagos dos arredores e um
banheiro do tipo químico, com um buraco no lugar do vaso para você fazer suas
necessidades. Se você esteve em Torres Del Paine e não gostou da estrutura do
campamento Italiano, certamente vai gostar menos ainda destes três.
No
campamento De Agostini (que fica logo após uma bifurcação da trilha), fizemos o
nosso lanche rapidamente, sentados no tronco de uma árvore tombada, ainda
debaixo de chuva. Vi um casal desmontando acampamento e lembrei o que havíamos
passado no campamento Italiano dias atrás.
Voltamos
à última encruzilhada da trilha e seguimos para o outro lado, saindo no mirador
do Glaciar Grande. O tempo estava ainda pior, e nada do cerro Torre. Era como
se ele não existisse. Ninguém estava passando dali, e nós também não seguimos
adiante, voltando para el Chalten na chuva, eu desanimado por não ter
completado nenhuma das duas trilhas que fizemos na cidade.
Era
nossa ultima noite em El Chalten, e jantamos mais uma vez no restaurante Pangea.
Eu, um bife de Chorizo. Minha esposa, uma truta (era sexta-feira da paixão).
Abraços
Thiago Rulius
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