domingo, 8 de dezembro de 2013

Museu D'Orsay

Panorâmica do museu D'Orsay

Um close nos dois primeiros pisos do Museu
Não pude conhecer todos os museus de Paris que gostaria nos oito dias qe passei por lá. Primeiro porque a cidade tem dezenas deles, e segundo pelas outras atrações da cidade, como igrejas, jardins e bairros que merecem uma boa pernada (como Montmartre), além das cidade nos arredores, como Versailles e Auvers-sur-oise. Então, o negócio é priorizar o que se quer conhecer./

Muita gente coloca como obrigatório em Paris subir no "terraço" do Arco do Triunfo, subir a Torre Eiffel e conhecer o Louvre. Destes só fui ao Louvre, já que mirante de cidade não me atrai como os de natureza (que adoro). Quanto ao Louvre, é ótimo, mas prefiro o D'Orsay.

Acho que quem tem tempo e interesse não deve deixar de conhecer os dois museus, talvez aproveitando que os dois funcionam a noite (Louvre: quartas e sextas - D'Orsay: quinta). É uma oportunidade de otimizar o tempo de viagem, mas faça programas mais leves nestes dias que ficarão puxados. Se não costuma ir a museus, pode acreditar: é uma visita que vale a pena, mas cansa.
A fachada mo museu
Agora falando do motivo da minha preferência pelo Orsay: Como o meu foco era conhecer pinturas, ese museu traz uma coleção mais próxima ao nosso tempo, com seu acervo impressionista, pós impressionista e também acadêmico do século XIX. Vários dos artistas que aparecem na coleção do Louvre, como Delacroix e Daubigny, por exemplo, também estão no Orsay. Já o Louvre tem um grande acervo do renascimento e de pinturas européias em geral, mas mais antigas, onde são comuns os retratos e as temáticas mais focadas em situações históricas e religiosas, enquanto no Orsay temos com mais frequencia temas do cotidiano. Mas se o seu foco não são pinturas e sim artefatos e antiguidades, então o seu museu é mesmo o Louvre.

Pintura de Millet, o ídolo de Van Gogh

Conhecendo o Museu

Pintura de Bouguereau
O Orsay foi criado em uma estação de trem a beira do rio Sena. Como a estação não comportava mais os trens modernos (que cresceram em comprimento) estava abandonada e corria o risco de ser demolida. Com a criação do museu a estação foi salva e transformada neste museu espetacular e muito acolhedor.

Como toda atração de Paris, possivelmente você enfrentará uma fila na bilheteria, então não chegue muito tarde, e não fique achando que vai conhecer o museu em uma hora. Três horas é um tempo mais realista, ou o dia inteiro se você é tarado por arte.

Logo ao entrar você passa por uma livraria onde é possível comprar suvenires e livros do museu (existe outra loja maior junto a galeria dos impressionistas, no piso 5). Passando pela livraria encontrará uma escada central. Descendo por ela, estará na ala central das esculturas, o corredor principal do maior dos pisos do museu (piso 0). Seguindo pela ala central vão surgindo portas dos dois lados, onde as pinturas estão agrupadas por artista, escola ou região. Você vai encontrar, entre outros, Courbet, Manet, Daumier, Degas, Ingres, Delacroix e Bouguereau.

Se não quiser descer a escadaria que dá acesso a ala central das esculturas, existe uma escada a direita que dá acesso ao piso 2. Este piso tem como circulação o terraço das esculturas, e em suas salas é possível ver Van Gogh, Gauguin, os pontilhistas Seurat e Signac, entre outras coleções.

Pintura de Renoir
Por último, no piso 5, está a galeria dos impressionistas, onde estão as obras que atraem a maioria dos visitantes do museu. Renoir, Monet, Manet e Cezanne estão por todo lado, e também os impressionistas que não atingiram o mesmo sucesso, como Pissarro, Sisley, Caillebotte e outros. As obras impressionistas da coleção do doutor Gachet de Auvers-sur-oise também estão lá.

O que você não pode perder

Bom mesmo é ver tudo, mas se o tempo é curto posso tentar recomendar o que considerarem o mínimo.

1) A pintura acadêmica das salas 1, 2 e 3 do piso 0. As telas de Bouguereau são impressionistas.
2) Escola de barbizon nas salas 4 e 6.
3) A origem do mundo, de Courbet, na sala 20.
4) Van Gogh (inclui a tela Noite Estrelada) e Gauguin nas salas 70, 71 e 72.
5) Toda a galeria dos impressionistas.

Outras informações

Ingressos a E$ 9 (somente acervo permanente), E$12 (incluindo também as exposições temporárias).
Horário: 9:30 as 18:00
Livraria: 9:30 a 18:30, quintas até 21:30
Audioguias em Espanhol, Inglês, Italiano, Alemão, Português, Japonês Chinês e Russo.
Café (piso 0), Restaurantes (piso 2 e 5).
Site do Museu: www.musee-orsay.fr

Noite Estrelada, de Van Gogh
* As fotos das obras foram retiradas da internet. O museu D'Orsay não permite fotos em suas instalações, exceto em uma espécie de mirante nos andares superiores.

Abraços
Thiago Rulius

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