domingo, 4 de março de 2007

Montevideo (Parte 2)

Décimo primeiro dia da viagem BH / Uruguai.

Olá!
Primeiro de tudo (e importante), esqueci de comentar que no décimo dia consegui um documento no consulado brasileiro autorizando a minha volta ao país, mesmo sem a identidade.


Hoje era o dia dos museus. Saí da pousada cedo para conhecer o museu do futebol, que funciona no estádio centenário aqui de Montevideo, onde aconteceu a primeira copa do mundo em 1930, que o próprio uruguai ganhou. Tive de andar uns 3 km só de ida, nao é perto, mas queria ir a pé para ver a parte nao turística da cidade.

Cheguei lá, paguei 50 pesos uruguaios (R$5, mais ou menos) e fui ver o campo. Pena que tinha um palco montado lá dentro, mas tudo bem. Tirei umas fotos boas. A área de arquibancada é uma só, nao tem geral, e a impressao é que cabe muito menos gente que o mineirao, por exemplo, mas o fato é que na final da copa de 30 colocaram noventa mil pessoas neste estádio. Devia estar cheio demais.


Depois disso uma volta pelo museu, onde a parte mais legal sao as fotos das selecoes de vários países e de várias épocas diferentes e a sala dos troféus. Tem uma chuteira antiga lá também muito engracada, parece uma botina sete léguas. o final ainda rolou uma película (filme) muito interessante sobre a conquista de 1930 com a imagem restaurada.

Voltando ao centro fui a um shopping que estava no meu caminho de volta procurar a blusa da selecao do Uruguai. Nao achei, mas descobri que a rodoviária da cidade funciona no subsolo dele, até que é bom isso, melhor que ficar esperando lá.

Saí do Shopping e almocei em um quarteirao fechado muito agradável ainda por ali. Isso foi uma das coisas que mais gostei em Montevideo, praticamente todos os estabelecimentos tem umas mesinhas na rua, com aqueles guarda sol de pano abertos, fica um ambiente muito bom, vendo o movimento passar. Experimentei a lasanha uruguaia e gostei muito, eles exageram demais no molho branco, e achei excelente. custou R$9.


Aproveitei que estava no caminho e conheci o museu do automóvel, bem legal também. Sabia que teria muitos carros velhos, já que o Uruguai é o país do carro velho. É normal vc ver vários carros de 40 ou 50 anos atrás várias vezes por dia por aqui.

Nem me surpreendi muito com a idade dos carros do museu. Os mais legais foram um carro a carvao, que usaram por aqui quando faltou petróleo durante a segunda guerra, e uma ferrari 1981 maravilhosa, que mesmo hoje ainda botaria muita moral.

Voltei a tentar os museus históricos uruguaios "legítimos", casa de Rivera e Lavalleja, mas os dois estavam fechados outra vez.
Experimentei mais uma comida tìpica, a empanada, um tipo de salgado, e estava muito bom. Parece um pastel assado, mas a "casca" é muito fina e crocante, e o recheio abundante e bem temperado. Pena nao ter a chance de provar outras.


Encerrei o dia tomando um cafézinho no bar "café brasilero", que nao tinha nada de brasileiro, e lendo o clarín, jornal argentino que comprei achando que era uruguaio. OBS: Quando vc pede o café vem junto um biscoitinho (jm só) e um copinho tipo esses de pinga com água mineiral com gás! Nao sei se eu é que sou peao demais, mas nunca vi isso no Brasil.

Comprei mais um livro também aqui na feirinha da rua Sarandí, um relato de guerra de um dos sobreviventes de paysandu, quando o Brasil interferiu na politica do Uruguai e ajudou o partido colorado a tomar o poder. Esse ato foi o primeiro passo para a guerra da trìplice alianca, já que o Paraguai tinha um pacto de ajuda com o Uruguai. Parece fantástico esse livro!

Beijos e Abracos
Thiago (rulius)

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